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"Presidência de Marcelo é teatral. Eu faria quase tudo diferente"

Depois da derrota nas presidenciais Paulo de Morais não pretende afastar-se da vida política e prepara-se para dar voz a uma “frente de combate” contra a pobreza.

"Presidência de Marcelo é teatral. Eu faria quase tudo diferente"
Notícias ao Minuto

09:55 - 01/05/16 por Carolina Rico

Política Paulo de Morais

Caso tivesse ganho as eleições presidenciais de março, Paulo de Morais garante que “teria feito quase tudo diferente” daquela que tem sido a postura do Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa “está a fazer uma presidência teatral, como era expectável para o tipo de campanha que fez e o tipo de personalidade que tem”, considera o ex-candidato independente. “Tem feito uma presidência simpática, típica de um comentador televisivo”.

Em entrevista ao Notícias ao Minuto, no final de um almoço convívio em Algueirão com 140 dos seus apoiantes “mais próximos”, Paulo de Morais lamentou que Marcelo não tenha tomado “uma única medida que tenha melhorado a vida dos cidadãos”.

No seu lugar, “não permitiria que no Orçamento de 2016 o Estado pague em Parcerias Público Privadas mais 20% do que pagou em 2015”, por exemplo. “Se o Parlamento tivesse decidido antes reduzir em 20% estes custos estaria garantido o cumprimento da meta do défice para 2016”, assegura.

Também considera que, em vez de se aumentarem os combustíveis, seria uma “medida bem mais saudável para a economia acabar totalmente com isenções de IMI para os fundos de investimento imobiliário”.

Portugal vive uma “economia de guerra”

O almoço de ontem serviu, por um lado, para assinalar o fim de ciclo após as presidenciais e, por outro, dar início a um novo projeto político.

Paulo Morais pretende, no decorrer do próximo mês, fundar uma “frente de combate” a favor dos mais desfavorecidos, contra a pobreza e o “comodismo” de uma “classe média adormecida e conformista”.

Não avança ainda um nome para este movimento, nem um número de fundadores associados à causa, até porque espera “largas centenas de pessoas”.

“É preciso muita gente nesta frente de combate” que pretende, através de “múltiplas formas de intervenção” ainda não definidas, “inquietar” a opinião pública e mostrar que não há verdadeiros sinais de saída da crise.

“Não se está a sair da crise quando há milhares de pessoas que têm de ir à sopa dos pobres para ter uma refeição quente por dia, ou pessoas em situação de subemprego. A situação económica portuguesa é semelhante a uma economia de guerra”.

Aprender com as "traições"

No balanço da sua campanha, o antigo candidato destaca a manutenção dos “princípios intactos” até ao último dia, uma “campanha limpa com dívidas pagas e contas transparentíssimas”.

Sente-se satisfeito por ter “introduzido na agenda política” uma série de assuntos que “acabaram por ser absorvidos por outros candidatos”, como a gratuitidade dos livros escolares, diz.

Por outro lado, o ex-candidato lamentou a falta de compromisso de alguns dos seus apoiantes, “pequenas traições” que acabaram por ser uma “aprendizagem incómoda” .

“Prefiro um adversário leal do que um apoiante desleal”, comentou Paulo Morais, expectante de que a sua nova frente de combate venha trazer apoiantes mais dedicados

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