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Marcelo deposita flores nos túmulos de Camões e Vasco da Gama

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cumpriu a tradicional deposição de flores no túmulo de Luís de Camões, no Mosteiro dos Jerónimos, e juntou pela primeira vez à tradição idêntica homenagem a Vasco da Gama.

Marcelo deposita flores nos túmulos de Camões e Vasco da Gama
Notícias ao Minuto

12:39 - 09/03/16 por Lusa

Política Tomada de posse

Aguardado por centenas de portugueses e turistas estrangeiros, entre eles brasileiros, austríacos, alemães, franceses e sul-coreanos, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido pelo ministro da Cultura, João Soares, pela diretora do Mosteiro dos Jerónimos, Isabel Cruz Almeida, e pelo prior de Santa Maria de Belém, José Manuel dos Santos Ferreira.

Marcelo Rebelo de Sousa caminhou entre alas da Polícia do Exército e deteve-se por breves instantes à entrada no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

No interior, sentinelas transportaram as coroas de flores para a base de cada uma das urnas de pedra, junto às quais Marcelo celebrou a cerimónia de deposição de coroas de flores nos túmulos do poeta nacional e uma das maiores figuras da literatura lusófona Luís Vaz de Camões e do navegador e explorador português que descobriu o caminho marítimo para a Índia, abrindo a Rota do Cabo, Vasco da Gama.

A Fanfarra tocou sucessivamente os toques de silêncio, em homenagem aos mortos, seguindo-se o toque de alvorada.

Antes de sair, o antigo líder do PSD e comentador televisivo efetuou uma breve visita à igreja e aos claustros e assinou demoradamente o livro de honra do Mosteiro dos Jerónimos.

O Presidente da República saiu entre alas da Polícia do Exército pela porta sul da igreja, junto à qual e em estrado diante do comandante da Guarda Nacional Republicana, recebeu continência da escolta de honra a cavalo da GNR.

Junto ao emblemático monumento português, centenas de pessoas aguardavam o novo Presidente da República, muitas para prestar homenagem, outras por curiosidade.

Uma delas é o brasileiro Zeno Veloso, professor da Universidade do Pará, que aproveitando um colóquio que vai decorrer esta semana na Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, não podia deixar de estar presente nesta ocasião.

"Sou admirador do Professor Marcelo, conheço um pouco da sua vida. Não é um professor de direito que chega à Presidência, é um Presidente que vai com certeza agir como professor de direito", disse Zeno Veloso à agência Lusa.

O professor brasileiro destacou ainda que num sistema semipresidencialista como o português, a autoridade de um Presidente da República depende da figura em si e do seu espírito: "No bom sentido da expressão, o professor não é um Marcelo, são muitos Marcelos. Vai ser uma grande figura, vai ter mandato lúcido, democrático, de pacificação e de grande integração com o Brasil, onde teve o pai e tem o filho".

A Lusa entrevistou austríacos, franceses, alemães e sul-coreanos, alguns apenas conheciam o nome de Rebelo de Sousa e consideraram-se "sortudos" por poder assistir à chegada do novo Presidente, outros nem o nome conheciam, mas ainda assim a curiosidade fê-los aguardar junto aos Jerónimos pela chegada do 19.º Presidente de Portugal.

Já Maria Roberto, portuguesa, de 65 anos, veio "prestar homenagem "àquele que considera que vai ser "um Presidente exemplar como tem sido um pai, um professor e um cidadão exemplar" e mostrar pela primeira vez à sua neta, de 9 anos, uma cerimónia como esta.

Logo de manhã e perante mais de 500 convidados, Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse como Presidente da República, jurando a Constituição de 1976 numa Assembleia da República decorada com cerca de duas mil rosas com as cores da bandeira nacional.

Daqui Marcelo Rebelo de Sousa, segue com escolta de honra a cavalo da GNR para o palácio de Belém, onde entrará de seguida, pela primeira vez na qualidade de Presidente da República.

Na Presidência da República Marcelo terá um almoço com um conjunto de individualidades, entre as quais os chefes de Estado estrangeiros presentes.

Marcelo Rebelo de Sousa tomou hoje posse como Presidente da República, pelas 10:10, depois de jurar cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.

No seu primeiro discurso, o novo chefe de Estado prometeu solidariedade institucional "indefetível" à Assembleia da República e ser um Presidente de "todos sem exceção", do princípio ao fim do mandato.

Marcelo reconheceu que Portugal tem pela frente "tempos e desafios difíceis", considerando que é necessário sair do clima de crise e ir mais longe na qualidade da educação, saúde, justiça e do próprio sistema político.

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