Bloco critica nova "mega corrente" e falta de democracia interna
Mais de cem bloquistas subscrevem um texto crítico da criação de uma nova "mega corrente", em que consideram que o problema do BE está na falta de democracia interna e em "lógicas de negociação à margem dos principais órgãos".
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Política Militantes
Este texto, enviado à agência Lusa, é subscrito por 101 militantes do BE, entre os quais João Madeira, Albérico Afonso, Helena Carmo ou Teodósio Alcobia, pertencentes à moção B (também apoiada por Daniel Oliveira), que contesta o rumo seguido pela direcção do partido e que na última convenção elegeu cerca de um quarto dos membros da Mesa Nacional.
Estes bloquistas criticam o que dizem ser "uma inflexão de discurso" de um "grupo restrito de dirigentes" que vem "dispersar a concentração do partido em relação às prioridades definidas em Convenção, introduzindo factores de perturbação interna perfeitamente dispensáveis" como a criação da nova corrente, designada Socialismo.
"Os militantes abaixo-assinados lembram que o grande combate que o Bloco tem pela frente é a derrota das políticas da ‘troika’, do governo e das direitas que o sustentam", advogam, considerando que "o processo de lançamento da ideia corresponde, infelizmente, a um padrão já pouco original".
"Propaga-se em círculos, labora dentro das estruturas de direcção executiva do BE, alarga-se às correntes fundadoras, mas mantém sigilo em relação à grande maioria dos aderentes. Isto é, em relação àqueles que, militando no BE, nunca pertenceram, já não pertencem ou, pertencendo a qualquer das correntes, vêm expressando grande desconforto com esta forma de fazer as coisas", resumem estes militantes.
Para esta centena de bloquistas, o problema do partido "não está nas correntes em si, mas no modo como condicionam e asfixiam a sua vida interna".
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