"O nosso problema não é económico. Se um economista na Presidência da República, que esteve lá dez anos, e também foi primeiro-ministro durante oito [...], a economia portuguesa é lixo, também não é difícil fazer melhor", afirmou o candidato, quando questionado pelos jornalistas durante uma visita ao Lispolis, Associação para o Pólo Tecnológico de Lisboa.
Assim, Jorge Sequeira considerou que um psicólogo no cargo de chefe de Estado seria uma mais-valia porque "a diferença que está na génese da mudança é o comportamento humano".
"É natural que um homem como eu, que passou três décadas a estudar o comportamento humano, saiba mais de como é que é uma liderança eficaz", considerou.
Na opinião do candidato, são as empresas que "conseguem manter a incompetência dos governos [através dos impostos], que sucessivamente vão alternando o mau com o péssimo".
O candidato afirmou ainda que vê nos portugueses "um grande anseio por ver mudança, por ver novos rostos, ver sangue novo, uma política que se distancie dos partidos".
"Que política é esta em que um ex-primeiro-ministro que diz que um candidato é um catavento e a seguir pede que notem nele. Ele [Passos Coelho] que chamou o candidato de catavento, tornou-se ele próprio num catavento", criticou.
O candidato começou por visitar uma empresa que criou um programa que ajuda à gestão de finanças pessoais, questionando se não existe o mesmo, mas "para finanças governamentais".
"Um 'software' para finanças governamentais que era para o Governo não gastar mais do que o que tem, porque eu digo sempre que não são os portugueses que vivem acima das suas possibilidades, o Governo é que vive acima das nossas possibilidades", criticou.
Nesta visita, Jorge Sequeira recebeu "o primeiro donativo da campanha", um cêntimo que estava colado a um panfleto de publicidade ao programa de gestão de recursos.
O candidato teve ainda oportunidade de vincar que "é muito diferente uma política transparente, e nós usamos mais uma política de 'traz parente', traz o amigo".
"Aqui estamos a falar de inovação, estamos a falar de fazer diferente, estamos a falar de progresso, estamos a falar de fazer o que ainda não foi feito e de facto se não queremos fazer igual, precisamos de pessoas diferentes. E esta massa cinzenta desta juventude aqui faz diferente", afirmou.
"Independentemente em quem votam, eu votava em vocês", brincou.
Na segunda empresa que visitou, o candidato ganhou uma 'app' [aplicação informática para telemóveis e 'tablets'] para a sua campanha.
"É agora que a minha campanha vai disparar [...], eu vou ganhar à primeira volta", afirmou.
Questionado sobre a profissão que constaria do seu perfil na 'app', o candidato pediu para ser mencionado como psicólogo, sustentando que esta "de passagem na política" e que a palavra 'político' está "muito associada pejorativamente".