Em 1996, Cavaco Silva conseguiu 2.606.236 votos, enquanto nas eleições de 2011 a sua candidatura contabilizou 2.231.603, segundo informação da base de dados Pordata.

Quando foi eleito chefe de Estado pela primeira vez, em 2006, Cavaco Silva obteve a maior votação, em termos absolutos, das suas três candidaturas, totalizando 2.758.737 votos.

A reeleição do atual chefe de Estado, em 2011, ficou marcada por um recorde da abstenção, que se situou em 53,5 por cento, segundo os mesmos dados da Pordata.

Porém, em termos absolutos, a eleição na qual menos cidadãos se deslocaram às urnas foi em 2001. Na votação que deu o segundo mandato a Jorge Sampaio, foram 4.449.800 os eleitores que votaram, representando uma taxa de abstenção de 50,29%, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições, contra os 4.492.297 votantes em 2011.

Ao invés, a votação em que mais cidadãos votaram, em termos absolutos, foi a segunda volta de 1986. No ano da eleição de Mário Soares, 5.935.294 cidadãos foram votar. A taxa de abstenção situou-se nos 21,8%.

O segundo sufrágio mais participado foi o de 1980, que levou à reeleição de Ramalho Eanes no cargo de chefe de Estado. Nessas eleições, 5.831.369 eleitores foram às urnas.

Nestas eleições registou-se e uma taxa de abstenção de 15,8%, a mais baixa da história destas eleições depois do 25 de abril de 1974.

Em terceiro e quarto lugar, ficam as eleições de 1996 e 2006. A primeira eleição de Jorge Sampaio contou com 5.779.227 votantes e uma taxa de abstenção de 33,6%, enquanto na primeira eleição de Cavaco Silva foram 5.550.105 eleitores às urnas. Este sufrágio registou uma abstenção de 38,5%.

A diretora da Pordata, Maria João Rosa, explicou à agência Lusa que o objetivo da base de dados, disponível em www.pordata.pt, é "tornar mais fácil e acessível a informação" e "compreender melhor o contexto atual" de um "tema essencial, como são as eleições".

A Pordata contém informação sobre todos os sufrágios legislativos, regionais, europeus e locais, e a responsável vincou que "todos os dados têm a chancela das entidades oficiais de cada área, a confiança dos dados está assegurada".

O Presidente da República eleito com mais votos foi Mário Soares, que nas eleições de 1991, quando foi reeleito, obteve 3.460.365 votos, representando 70,4 por cento das intenções de voto.

Já o chefe de Estado eleito com menos votos foi Cavaco Silva, obtendo 2.231.603 votos em 2011. A menor votação em termos percentuais também pertence ao atual chefe de Estado, quando em 2006 foi eleito com 50,6% das preferências dos eleitores.

Por parte dos eleitores que votam no estrangeiro, o candidato com mais votos foi Cavaco Silva, que contou com a preferência de 12.048 cidadãos. O direto ao voto em eleições presidenciais é concedido aos eleitores recenseados no estrangeiro desde 2001.

Em 2001, 15.431 cidadãos votaram em assembleias de voto localizadas no estrangeiro, o que representou 8,3 por cento do total de recenseados nos círculos eleitorais da Europa e Fora da Europa.

Em 2006, este valor subiu para 10,1%, contabilizando-se 18.840 votantes. Nas eleições de 2011, o número de votantes no estrangeiro regista o valor mais baixo, com 12.682 votos contabilizados, o que representou 5,5%.

Relativamente aos votos brancos, o valor mais baixo registou-se em 1980, quando foram contabilizados 16.322 boletins sem nenhuma preferência assinalada. Em 2011, este valor regista um crescimento exponencial, registando-se 191.284 boletins em branco.

Quanto aos votos nulos, os valores variam entre os 30 mil e os 70 mil, registando um crescimento também em 2011, quando foram contabilizados 86.581.