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Portugal tem uma "dependência da União Europeia doentia"

O candidato presidencial Henrique Neto considerou hoje que o país tem uma "dependência da União Europeia doentia", durante um almoço de campanha com apoiantes do núcleo de Leiria e Marinha Grande.

Portugal tem uma "dependência da União Europeia doentia"
Notícias ao Minuto

16:36 - 17/01/16 por Lusa

Política Henrique Neto

"Temos uma dependência da União Europeia doentia. Apesar dos governos todos dizerem que querem bater o pé à União Europeia, quando chega a altura certa de baterem o pé não o fazem", referiu o candidato presidencial.

Henrique Neto deixou no ar a pergunta sobre a razão do país estar a "empobrecer há 20 anos" e a "estagnar economicamente há 15 anos".

"Temos uma certa situação disfuncional na nossa vida coletiva. Temos portugueses que trabalham, que se esforçam, que impulsionam a economia, que tomam conta do seu semelhante, que se substituem ao Estado. Temos as condições necessárias para não sermos um país tão dependente do exterior e além de tudo o mais somos apenas dez milhões de pessoas: uma cidade", acrescentou.

Mas voltou a questionar: "Por que raio, com dez milhões de pessoas, com tanta gente boa, tanta inovação e iniciativa empresarial não conseguimos ter um país melhor?"

Henrique Neto disse ainda que de acordo com "uns números" que esteve a ver, "Portugal é o sexto país com maior endividamento do mundo e é o sétimo país com os maiores impostos do mundo".

Constatando que a Finlândia, Suécia e Dinamarca têm mais impostos, Henrique Neto afirmou que "se compararmos os serviços que eles têm ou que pagam, com os serviços que nós temos, se calhar até somos mesmo os primeiros em mau serviço na relação da qualidade preço".

Henrique Neto criticou ainda que o país viva em "campanha eleitoral permanente". "Nos países normais há um mês para a campanha eleitoral, que começa e acaba e as pessoas depois vão tratar da vida. Quem ganhou as eleições vai governar e quem ficou na oposição critica, mas racionalmente. Não chamam nomes, não se atacam, não destroem."

Mas, em Portugal, segundo Henrique Neto, a "Assembleia da República é uma batalha permanente de campanha eleitoral".

Considerando que o problema do país é o "sistema político", o candidato criticou ainda as alterações recentes na Educação.

"Como é que é possível que, três ou quatro dias depois de um governo tomar posse, se comece a alterar à pressa e sem explicação racional o que o governo anterior fez, sabendo antecipadamente que o governo anterior quando retomar o poder vai alterar o que estes fizeram. Assim estamos a destruir o país", acusou.

Durante o discurso, Henrique Neto revelou ter recebido um "texto escrito pelo presidente do Banif", que "a ser verdade, é a continuação 'ipsis verbis' da governação de José Sócrates: promiscuidade entre os negócios e a política".

Dizendo que apesar de ser otimista tem dificuldade de o ser, o candidato afirmou que há "uma esperança retardada de que alguma coisa mude com o próximo Presidente da República, desde que tenha a coragem, a sabedoria e integridade de fazer as mudanças que o país precisa".

Caso contrário, Henrique Neto alertou que se irá "continuar a ter aquilo" que a sua candidatura calculou, "que é a destruição de riqueza".

"A nossa candidatura calculou que nos últimos 15 anos foram destruídos entre 150 e 200 milhões de euros, que era o dinheiro que precisávamos para não ter uma dívida como temos", rematou.

Henrique Neto dedicou o dia de hoje ao distrito de Leiria. De manhã esteve no mercado do Levante de Pataias, no concelho de Alcobaça. Depois do almoço, na Marinha Grande, passou por São Pedro de Moel, no mesmo concelho, seguindo para a Nazaré.

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