O ex-ministro socialista António Correia de Campos falava na abertura de um jantar em Viseu, onde estiveram presentes cerca de 600 pessoas, evento que encerra o primeiro dia oficial de campanha para as eleições presidenciais de 24 de janeiro.
O mandatário para o distrito de Viseu da candidatura de Nóvoa aproveitou a ocasião para dirigir também fortes críticas a Marcelo, acusando-o de ter "desprezado centenas de milhares de compatriotas" que participaram na Guerra Colonial ao não cumprir o serviço militar obrigatório, em 1974.
"A atitude moral [de Marcelo Rebelo de Sousa] é ainda mais condenável porque quem era o ministro do Ultramar nesse momento era o seu próprio pai", afirmou o general Ferreira do Amaral, acusando ainda Marcelo de apenas demonstrar solidariedade com Ricardo Salgado.
Correia de Campos frisou que Marcelo é o maior adversário de Nóvoa e que é nele que a candidatura do ex-reitor se deve centrar, mas aproveitou para acusar Maria de Belém de "morder" e atacar a candidatura de Nóvoa, e também de passar despercebida "quando lhe convém".
Ainda aludindo a Marcelo Rebelo de Sousa, o socialista sublinhou que Sampaio da Nóvoa é um candidato "sem esqueletos no armário, sem conflitos de interesses altamente lucrativos, sem mergulhos no Tejo e sem noitadas de táxi".
Para o ex-ministro da Saúde do governo de José Sócrates, Marcelo é um "animador de noites de domingo", representando o "folclore" e a "intriga".
Na ocasião discursou ainda a deputada socialista Elza Pais, mandatária para a Igualdade de Nóvoa, que acusou Maria de Belém de ter uma "visão conservadora e hierarquizada" dos direitos das mulheres.