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Na prática, Marcelo é "um Berlusconi ou um Sócrates"

Henrique Neto e Marcelo Rebelo de Sousa estão frente a frente na SIC Notícias em mais um debate presidencial.

Na prática, Marcelo é "um Berlusconi ou um Sócrates"
Notícias ao Minuto

22:00 - 03/01/16 por Andrea Pinto

Política Henrique Neto

Henrique Neto acusou, esta noite, na antena da SIC Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa de pertencer ao grupo de políticos que tem "relação com grandes grupos económicos", como é o caso da televisão. Lembra, porém, que este poderoso meio poderá mostrar uma outra faceta.

“Marcelo, mais que qualquer outra pessoa, teve um poder enorme neste país, que todos sabemos, que é o poder da TV. É um meio tão poderoso que faz ministros, primeiros-ministros, Presidentes da República, que fabrica essas personalidades que o povo pensa quem têm muitas qualidades, que são simpáticas, mas que depois na prática verificam que são um Berlusconi ou um José Sócrates”, atirou.

Henrique Neto acusou Marcelo Rebelo de Sousa de “não ter tido a coragem de denunciar tudo o que conduziu Portugal à sua situação atual”, motivo pelo qual pensa que este teve uma influência na atual situação do país.

“O sistema político que temos vivido e que conduziu Portugal à situação atual de empobrecimento [é resultado] de um sistema político com relações entre políticos e alguns grupos económicos. Marcelo e um dos causadores porque é parte desse sistema”, acusou.

Em sua defesa, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que “o poder da comunicação social é muito grande mas não chega para substituir o poder político" e disse estar de "consciência tranquila porque se fartou de lutar contra os vícios do sistema".

Henrique Neto não se ficou por aqui com as críticas e ainda ressalvou que “as pessoas queixam-se que sistematicamente o candidato [Marcelo] traiu pessoas, até amigos, e que é conhecido por fabricar casos políticos”.

O candidato apoiado pelo PSD e CDS esperou para poder defender-se das acusações e quando teve oportunidade de fazê-lo, voltou a lembrar Henrique Neto a forma como o ajudou quando era líder no PSD.

“Se não houvesse a viabilização de três orçamentos de Estado, o PS não tinha completado uma legislatura com maioria relativa”, lembrou, relativamente aos orçamentos a que deu aval quando Henrique Neto fazia parte do Partido Socialista, mesmo “com o Presidente da República contra mim”.

“No âmbito da experiência política e na construção de pontes pode-se ter outro tipo de experiência. Fui o primeiro a elogiar a sua luta contra a ditadura”, disse, lembrando também que se fartou “de lutar contra os vícios do sistema, como líder do PSD, como analista e comentador”

"O sucesso de audiências que tive não teve a ver com as pessoas concordarem comigo, mas porque davam peso à minha opinião. Os portugueses gostavam”, rematou. 

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