"Passos já o tinha anunciado e tornou-se oficial: A coligação acabou"
A opinião é do eurodeputado do PS Francisco Assis.
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Política Francisco Assis
Esta quinta-feira, o eurodeputado do PS, Francisco Assis, assinou um artigo no Público onde descreveu uma maioria no 'Parlamento intermitente'. "A nova maioria de Esquerda está condenada a viver em estado de intermitência. Dadas as profundas divergências que a atravessam, as quais se manifestarão sempre que estiverem em causa decisões nos domínios das políticas europeia, económica e financeira", referiu.
Para o eurodeputado, "no futuro surgirão outros temas e outras decisões propiciadores de idênticas expressões de desagregação política da base de sustentação parlamentar do atual Executivo".
"O Bloco de Esquerda e o PCP, partidos que até agora se tinham auto-excluído do famigerado ‘arco da governação’, não alteram os seus respetivos posicionamentos doutrinários a ponto de se constituírem como parceiros constantes de uma solução parlamentar investida de responsabilidades governativas", considerou.
Relativamente ao Orçamento Retificativo, Francisco Assis explicou que "o PCP e o Bloco de Esquerda não poderiam ter atuado de outra forma relativamente ao Orçamento Retificativo, sob pena de cometerem verdadeira apostasia política".
"O PCP manteve-se fiel ao propósito de nacionalização do sistema bancário e o Bloco de Esquerda colocou condições congruentes com o seu discurso histórico sobre esta matéria", salientou.
Sobre o PSD e CDS, o eurodeputado sublinhou que "Pedro Passos Coelho já o tinha anunciado na semana passada e na votação do Orçamento Retificativo tornou-se oficial: a coligação de Direita acabou. O CDS, votando ao lado da extrema-esquerda parlamentar, iniciou o caminho de regresso a um tipo de discurso não isento de uma boa dose de populismo".
"Já o PSD, superada que esteja uma primeira fase marcada pelo ressentimento em relação ao Governo socialista, tenderá a estabelecer com este uma relação mais complexa do que desejaria", rematou.
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