Um dos reptos lançados esta semana por José Sócrates diz respeito às eleições presidenciais. Mas se o antigo primeiro-ministro considera que o partido deve manifestar apoio por um candidato, da mesma forma não pensa Carlos César.
Aos microfones da Rádio Renascença, o líder da bancada do PS disse considerar que o partido “não vai apoiar um candidato”, ainda que seja conhecida a sua preferência pessoal (mas não oficial): “Sampaio da Nóvoa tem o perfil adequado a um apoio por parte do Partido Socialista”.
No programa ‘Conselho de Diretores’, o presidente do PS reiterou aquilo que teve já oportunidade de dizer: “Se se apresentassem vários candidatos que se reclamassem de uma área próxima do PS, deveria ser dada liberdade de voto e independência aos socialistas”.
Sobre a entrevista de Sócrates, não se alongou. “Não vi a entrevista. Estas ocupações do trabalho parlamentar não nos dão tanta liberdade. E nos resumos dos nossos assessores não vieram questões relativas a essa entrevista”, alegou.
Nos poucos comentários que fez acerca da intervenção do arguido da Operação Marquês, fez questão de manifestar a sua intenção de não se alongar.
No que toca às provocações sobre o rumo que o processo judicial tomou e à posição adotada pelo PS, Carlos César disse apenas que “são questões que têm uma componente pessoal e emocional obviamente compreensíveis. O tempo ajudará a fazer compreender as posições de todas as partes”.