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"País está condenado a viver numa espécie de twilight zone"

Francisco Assis alerta para o "grande desafio" que António Costa tem pela frente.

"País está condenado a viver numa espécie de twilight zone"
Notícias ao Minuto

18:19 - 03/12/15 por Notícias ao Minuto

Política Francisco Assis

Há semanas, Francisco Assis teve destaque mediático quando tentou juntar apoiantes no seio do PS que estavam contra uma solução governativa de Esquerda. Votações internas mostraram que a maioria do PS preferia a solução negociada por António Costa com os partidos à sua Esquerda no Parlamento.

Agora que António Costa já é o novo primeiro-ministro português, Francisco Assis assina um artigo de opinião no jornal Público onde alerta para o que o secretário-geral do seu partido terá de lidar, entre o Parlamento português e o Parlamento Europeu. Pelo meio, deixou ainda críticas ao atual momento de crispação e novidade política.

"Entre uma Direita que ainda não percebeu que perdeu a maioria absoluta e uma Esquerda que acredita piamente que ganhou as eleições, o país está condenado a viver numa espécie de twilight zone", considera Assis.

Já sobre os desafios do país no plano económico, o discurso é cauteloso. "É possível pensar uma política séria de relançamento económico ignorando a verdadeira dimensão da dívida pública e da dívida privada dos portugueses? Não creio", escreve Francisco Assis, que considera que o novo Governo PS, por estar" alicerçado numa maioria de Esquerda, tenderá a desvalorizar esta questão, mas estará condenado a confrontar-se com a mesma".

O militante do PS que mais se mostrou contra a solução governativa socialista elogia as "capacidades superiores no domínio da abordagem dos fatores conjunturais da política" de António Costa. Mas alerta para o "grande desafio" que tem pela frente.

E esse desafio passa por Costa conseguir conciliar o apoio à Esquerda que PS tem no Parlamento "com o entendimento estrutural que prevalece no Parlamento Europeu". Para tal, será necessário um "entendimento mais vasto e profundo com o PPE", isto é, a 'família' política europeia do PSD e do CDS.

Apesar dos elogios às capacidades de António Costa na gestão deste desafio, Assis admite o seu "ceticismo no plano da coerência estratégica", relativamente ao que será a política do PS nos tempos que se avizinham.

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