PCP prevê "convergências e divergências". Mas há "soluções"

Líder do PCP acredita que Álvaro Cunhal ficaria satisfeito com resultado de negociações com o PS. “O Álvaro valorizava muito as pequenas vitórias. Dizia que era do pequeno que se faz grande”.

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Notícias Ao Minuto
28/11/2015 08:30 ‧ 28/11/2015 por Notícias Ao Minuto

Política

Jerónimo de Sousa

Na primeira grande entrevista de Jerónimo de Sousa após António Costa ter sido indigitado para primeiro-ministro, o líder dos comunistas fala do acordo a que não chama acordo, mas sim de uma “posição comum”.

Ao Expresso, Jerónimo de Sousa considera que o programa do PS não é de rutura. O futuro, porém, “não é como o PSD e o CDS têm vindo a dizer, que ‘vêm aí as sete pragas do Egito’”.

“A vida é dinâmica. O desenvolvimento deste processo será, com certeza, pontuado por convergências, mas também por divergências”. O que é certo é que, da parte do PCP, “existe uma grande disponibilidade para encontrar soluções”. Na verdade, realça, “nós sabíamos que o programa do PS não exigia a rutura com esta política de Direita. Mas era ou não possível uma convergência?”.

Foi com este espírito que o PCP abordou negociações, com Jerónimo de Sousa a dispensar protagonismos. “Não me ponham num pódio que não mereço”. Os passos dados, que permitiram que PCP se sentasse à mesa de negociações à procura das tais convergências com o PS, “foram, de facto, uma decisão coletiva” no seio do PCP.

Sobre o processo de negociações que o PS levou a cabo com os vários partidos à sua Esquerda, e que culminou num alinhamento à Esquerda que o Parlamento ainda não tinha conhecido, de apoio a um Governo alternativo, Jerónimo é claro: “julgo que o PS esteve sempre de boa-fé, mas há muito caminho por fazer”.

Jerónimo de Sousa admite ainda que, embora o PS tenha alcançado documentos específicos com cada um dos partidos à sua Esquerda, nem todas as conversas envolveram o PS. “Ao longo deste processo conversámos com o Bloco”, adianta.

Ao Expresso, e embora de forma pouco específica, Jerónimo de Sousa aborda também o seu futuro à frente do PCP. A ‘bola’ fica do lado do Comité Central. Ainda assim, “pode haver alteração de responsabilidades”. Certo é que “continuarei sempre a ser comunista”, diz.

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