"No 25 de Novembro, o PS refugiou-se no silêncio"
O eurodeputado socialista comentou a atitude de partidos no 25 de Novembro.
© Global Imagens
Política Francisco Assis
Francisco Assis, no comentário habitual no jornal Público, relembrou a relevância do 25 de Novembro e a forma como esta data está a ser esquecida no âmbito da atual política.
“António Costa toma hoje posse como novo primeiro-ministro, 40 anos e um dia depois do 25 de Novembro de 1975. Por escassas 24 horas, a realidade ludibriou parcialmente o simbolismo. Este, porém, não pode ser facilmente arredado da disputa política em curso. A Direita percebeu-o e a Esquerda não o ignorou”, começou o eurodeputado.
Desta forma, Assis explicou que a coligação “se empenhou na tentativa de promover uma comemoração parlamentar inédita da efeméride em causa”. “As razões que levaram o Partido Socialista a rejeitar tal iniciativa são facilmente descortináveis. A Direita pretendeu insinuar uma traição, o PS visou esquivar-se a uma complicação”, mostrando que, “do ponto de vista do puro jogo político ambos os comportamentos são entendíveis e até mesmo aceitáveis”.
O socialista acredita que “a Direita celebrou solitariamente a sua própria memória de uma data que nunca subavaliou”, enquanto “o PS refugiou-se no silêncio em relação à evocação de um acontecimento a que sabe estar profundamente associado”.
Quarenta anos depois do 25 de Novembro, Assis mostra que é preciso perceber se é uma data “com dignidade suficiente para merecer – ou até mesmo exigir – adequada comemoração pública e institucional”.
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