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Álvaro Cunhal assinaria este acordo? "Sem dúvida nenhuma"

Historiador analisa os resultados obtidos no debate parlamentar de hoje, que culminou com o chumbo do programa do Governo de Passos.

Álvaro Cunhal assinaria este acordo? "Sem dúvida nenhuma"
Notícias ao Minuto

22:03 - 10/11/15 por Notícias ao Minuto

Política Pacheco Pereira

Coube a Pacheco Pereira analisar a situação política atual, na antena da TVI. Questionado se Álvaro Cunhal (‘alma’ da ideologia comunista portuguesa) assinaria este acordo alcançado entre as Esquerdas e o PS, o historiador diz não ter “dúvida nenhuma”.

“[Álvaro Cunhal] não deixava de ser idealista, mas na sua vida política, sempre que em determinado momento interesses fundamentais do PCP tivessem em causa, Cunhal era profundamente pragmático”, garante.

O analista político indica que a legitimidade que dá forma a este acordo consiste nos “62% dos votos que foram dados à coligação”, e que o elemento que une os quatro partidos são “os votos contra o Governo que ali estava”.

Pacheco Pereira mostra-se bastante analítico sobretudo nos partidos à Esquerda e lembra que tanto Jerónimo de Sousa como Catarina Martins “sabem muito melhor que nós os riscos daquilo que estão a fazer e também sabem que é um caminho que, uma vez entrados, é muito difícil de sair”.

Se Cavaco deve ou não empossar esta nova proposta governativa, o historiador considera que “se o Presidente da República entende que o supremo interesse nacional é um mecanismo fundamental, tem de aceitar” e contrapõe: “Toda a gente entende que uma solução de governo de gestão é francamente pior”.

Uma união como aquela que acaba de ser apresentada entre partidos ideologicamente opostos é, no ver de Pacheco Pereira, um entendimento que “só pode funcionar na fase da boa fé - quem for para ali tentar retirar proveito políticos de curto prazo, vai dar-se mal”, sublinha.

Quanto ao futuro, “não penso que o PS possa pensar que nos próximos quatro anos vai estar em condições de depois abandonar os seus aliados e voltar a uma política de querer ter uma maioria absoluta à custa do PCP e do BE. Tem de haver mutações mais profundas para que o PS possa sair do caminho em que entrou”, remata.

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