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"Era importante que o próximo ministro da Saúde fosse eu"

Fernando Leal da Costa era diretor do serviço de Hematologia no Instituto Português de Oncologia antes de ser chamado para integrar o Governo, em 2011.

"Era importante que o próximo ministro da Saúde fosse eu"
Notícias ao Minuto

11:15 - 06/11/15 por Notícias Ao Minuto

Política Leal da Costa

O ministro Paulo Macedo foi substituído na pasta da Saúde por aquele que era o seu secretário de Estado-adjunto.

Leal da Costa contou ao SOL que o convite de Passos Coelho para assumir a liderança do Ministério chegou via telefone no dia 26: “Disse-lhe logo: ‘Com certeza senhor primeiro-ministro: seja por 24 horas ou por 4 anos”.

“Há muito boa gente que pensa que fui escolhido para 15 dias mas, perdoem-me a arrogância, o senhor primeiro-ministro por ventura reconhecerá a minha competência”, atirou, acrescentando que “era importante” a continuação no cargo.

“Acho que era importante que o próximo ministro da Saúde fosse eu”, frisou.

Bloco é um “conjunto de comunistas frustrados”

Na mesma entrevista ao jornal SOL, Leal da Costa foi bastante duro quanto ao Bloco de Esquerda, partido que descreve como sendo uma “amálgama de ideias mal definidas e um conjunto de comunistas frustrados com trotskistas e com maoístas sem lugar”.

“Eles próprios não sabem o que são. Uma coisa com cinco chefes…”, apontou.

Quanto a Catarina Martins, Leal da Costa considera que “fala como se fosse já a primeira-ministra”, sendo que o discurso de “aumento de despesa e diminuição de receitas” é algo que o preocupa.

“Se a despesa aumentar em tudo não vai sobrar dinheiro para a Saúde”, afirmou, frisando que a revogação da taxa moderadora do aborto, que o Bloco defende, “só afeta uma percentagem muito pequenina de portugueses”.

“É atirar areia para os olhos das pessoas, pois isso não é reforma nenhuma”, rematou.

PCP como partido de “ideologia totalitária”

Fernando Leal da Costa criticou o acordo que o PS procura obter junto do PCP e do Bloco e assegurou que António Costa ainda tem “alternativa de procurar um governo estável” com aqueles que considera serem os “aliados naturais” ao invés de se unir a uma “Esquerda radical”.

“É uma perversidade da lógica partidária e será sempre um governo de usurpação nacional. Não é natural uma coligação do PS com partidos de ideologia totalitária”, disse, referindo-se a um possível Executivo socialista apoiado no Parlamento pelos bloquistas e comunistas.

E por falar no PCP, Leal da Costa não foi tão duro, limitando-se a dizer que “é um partido com coerência ideológica e também para eles é contranatura esta aliança com o PS”.

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