POUPANÇA NO MINUTO
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"Nenhum político pode ter medo da solidão de estar em minoria"
O eurodeputado socialista acredita que o acordo à Esquerda é "errado".
© Global Imagens
Política Francisco Assis
O eurodeputado socialista, Francisco Assis voltou a afirmar que considera o acordo à Esquerda "errado" mas não perigoso. No 'Jornal das 8' na TVI, o socialista admitiu que é normal existir esta "controvérsia num seio de um grande partido democrático", julgando ser também "normal" que haja "quem tenha perspetivas diferentes".
Relativamente ao convite feito esta quinta-feira pelo secretário-geral do PS para Assis participar na Comissão Política do PS, no domingo, o eurodeputado confirmou que estará presente, até para apresentar aquilo que é a sua leitura dos resultados eleitorais: "Aí apresentarei aquilo que é a minha leitura dos resultados eleitorais, aquilo que é a minha interpretação e a minha visão do PS em relação ao futuro".
"Nenhum político pode ter medo da solidão, de estar em minoria", vincou, acrescentando que os políticos "só têm de ter medo de abandonar as suas convicções" e "a minha convicção profunda é a de que este é um caminho errado. Não que tenha uma ideia positiva do Governo anterior", esclareceu.
Já sobre uma possível solução, o eurodeputado socialista reiterou que o melhor para Portugal seria a "afirmação clara por parte do PS como grande líder da oposição".
"Nunca propus que o PS devesse estabelecer um acordo de quatro anos com a Direita. O PS devia era estar disponível para exercer uma oposição forte e responsável, assumindo o seu papel de oposição e, quanto ao Governo, discutir com exigência", insistiu Assis, acrescentando: "Considero errado o acordo à Esquerda mas não perigoso".
Por fim, e novamente sobre o acordo à Esquerda, Francisco Assis disse acreditar que as divergências entre PS, Bloco de Esquerda e PCP "são muito profundas". "A ideia que passa este entendimento é que vamos por de parte as divergências mais profundas e vamos apenas concentrar-nos apenas naquilo em que agora podemos estar de acordo. Este acordo é a parte visível do iceberg", terminou.
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