Adriano Moreira manifestou-se, em comentário na TVI24, claramente contra a criação de uma coligação à esquerda. A sua opinião prende-se, como explicou na ‘21ª Hora’, com dois espetos.
Na perspetiva do professor, aquando das eleições legislativas, ao eleitorado não foi posta a hipótese de haver uma coligação à esquerda. Tal possibilidade é agravada pelo facto de esses mesmos partidos terem “programas inteiramente contrários àqueles que hoje ligam Portugal à comunidade internacional”.
E estando o país “muito dependente” de instâncias internacionais como a NATO e a União Europeia, a “circunstância é inquietante”, na opinião do antigo líder do CDS.
Olhando particularmente para o Partido Socialista, Adriano Moreira disse-se surpreendido com as “vozes que não concordam com a negociação que está a decorrer”, e entende, por isso, que “é bem provável que possam levar à divisão do partido”.
Sobre a atuação de António Costa, o professor emérito da Universidade de Lisboa, diz ser evidente a “ambição de poder”. “Não acho possível manter uma negociação ao mesmo tempo à esquerda e à direita, porque o que fica em comum é a luta pelo poder, não fica outra coisa”, explicou o estadista.