"É manifesta a indisponibilidade do PS em empenhar-se nas negociações"
O social-democrata Marco António Costa explicou, esta tarde, o rumo das negociações entre a coligação Portugal à Frente (PàF) e o Partido Socialista (PS).
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Política Novo Governo
À margem da reunião do Conselho Europeu, que acabou com a aprovação do projeto que prevê a chegada de 30 refugiados a Portugal, Marco António Costa foi abordado pelos jornalistas sobre o impasse político nas negociações entre a coligação PàF e o PS.
O vice-presidente do PSD começou por lembrar que “logo na noite eleitoral, depois de conhecidos os resultados, a coligação demonstrou a vontade de criar condições de governabilidade”, procurando “um diálogo franco e leal com o PS para criar essas condições”.
No entanto, o social-democrata refere que, no somatório das duas reuniões já efetuadas, “é manifesta a indisponibilidade do PS em empenhar-se num processo negocial construtivo que apresente resultados concretos”.
“Simultaneamente, assistimos com algum espanto ao simulacro de negociações em varias frentes politicas, relativamente a um objetivo que não foi aquele que resultou das eleições legislativas”, acrescentou.
Em jeito de ‘desabafo’, Marco António Costa disse ainda que “de um momento para o outro, todos parecem ter abdicado dos princípios que defenderam durante a campanha eleitoral” e que agora “dizem aos portugueses que votaram nos seus partidos que rasgaram os programas eleitorais e entregaram-se completa e radicalmente a um caminho diferente do que defendiam na campanha”.
O vice-presidente não terminou as declarações sem lançar farpas à oposição. Referindo que existe “uma chantagem a que o processo e o país esta a ser sujeito pelo PS” e que “até hoje, ainda não conhecemos uma linha escrita pelo PS sobre o que pretende para o país”.
“Quem está fora do país, até pensa que foi o PS quem ganhou as eleições”, rematou.
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