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"Que medidas de austeridade estão a preparar para cumprir défice?"

A porta-voz do BE, Catarina Martins, questionou hoje que medidas de austeridade estarão a preparar e esconder PSD, CDS-PP e PS para depois das eleições, para cumprir as metas do défice, e apelou ao voto dos "lesados do centrão".

"Que medidas de austeridade estão a preparar para cumprir défice?"
Notícias ao Minuto

06:14 - 24/09/15 por Lusa

Política BE

"Quais são as medidas de austeridade que estão a preparar para o país? O que estará a preparar para o país o centrão [PSD, CDS-PP e PS], que diz sempre que sim a Bruxelas e se comprometeu com défices impossíveis?", perguntou hoje à noite Catarina Martins num comício do Bloco de Esquerda (BE) em Lisboa, discurso no qual apelou ao voto dos "lesados do centrão".

A porta-voz do BE começou por querer saber "que medidas de austeridade tem a direita no bolso para pôr ao país logo após as eleições, se o puder fazer", mas depois dramatizou o discurso à esquerda e atirou aos socialistas: "que se preparará o PS para fazer para continuar a cumprir os compromissos do défice com que também se obrigou a Bruxelas? Porque nós nos lembramos que aquele PS que dizia que há vida para além do défice está desparecido há muito".

"O que nos preparam, o que nos escondem, quantas medidas extraordinárias de austeridade não terão de fazer ainda para cumprir as metas do défice?", questionou.

Relativamente aos números do défice de 2014 que foram conhecidos, Catarina Martins afirmou que "quando uma coisa parece mentira, cheira a mentira, se calhar é mesmo mentira", criticando o facto de Passos Coelho ter dado "três justificações diferentes" sobre estes dados.

"Agora o problema já nem é cancelar os pagamentos antecipados ao FMI, nem é que o buraco até rende juros, não. O problema afinal nem existe. O défice é só contabilístico. Não interessa nada. Não nos preocupemos com isso. Mais 7,2%, menos 7,2%. Não há défice, está tudo na mesma. Siga a marinha, não há aqui nada para ver", ironizou sobre as respostas dadas pelo primeiro-ministro ao "buraco deixado pelos BES".

Na opinião da bloquista, "esta prova de algodão deita por terra tudo o que (...) prometeram", questionando ainda a utilidade de tantos sacrifícios se as contas públicas continuam descontroladas.

"Em quem é que podemos confiar o nosso voto?", perguntou Catarina Martins, aludindo depois à pergunta deixada por Paulo Portas sobre se os portugueses confiavam mais em Maria Luís Albuquerque (PSD) ou em Mário Centeno (PS).

Catarina Martins inquiriu sobre a confiança em Maria Luís Albuquerque de "tantos sacrifícios, custe o que custar, para o défice de 2014 ser igual ao de 2011", ou em Paulo Portas, do "partido dos pensionistas, que cortou sempre nas pensões para cumprir metas do défice que, quando chegou à banca, já não eram para cumprir".

"Podemos nós confiar em Pedro Passos Coelho, que prometia que nunca cortaria subsídios de natal ou subsídios de férias e foi a primeira medida que tomou mal chegou ao Governo, para cumprir a tal sacrossanta meta do défice que agora explode em todo o seu esplendor para o BES? Podemos nós confiar no PS, que no seu programa, para cumprir as metas dos défice - e ainda não estava o défice nos números que conhecemos agora - já tinha a redução de pensões por via do seu congelamento em 1.660 milhões nos próximos quatro anos?", perguntou ainda, perante um rotundo "não" daqueles que na quarta-feira à noite estiveram no comício no Largo do Intendente, em Lisboa.

A líder bloquista falou assim para os "lesados do centrão", que nas eleições de dia 04 de outubro têm a oportunidade de "ajustar contas".

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