Privatizações: Ainda "é possível evitar decisões erradas"
"Parem de privatizar, já só falta o ar" foi o mote de uma das primeira ações de campanha do Livre/Tempo de Avançar, que defende que ainda "é possível evitar muita decisão errada a respeito das privatizações".
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Política Livre
"Ao contrário do que se diz e se pensa, nem tudo foi privatizado, ainda é possível evitar muita decisão errada a respeito das privatizações", explicou à Lusa José Castro Caldas, terceiro na lista do Livre/Tempo de Avançar em Lisboa, no Largo Camões, o ponto de partida de uma "mini-manifestação" que terminou no Rossio.
Apontando a privatização do sistema de transportes de Lisboa e Porto e até a privatização da TAP como exemplos de processos "perfeitamente reversíveis", Castro Caldas alertou para a necessidade de colocar "limites" nas privatizações.
"Podemos evitar que sejam privatizadas coisas que nem imaginamos que algum dia o possam ser, a imaginação de quem defende as privatizações não tem limites e há quem defenda a privatização das praias", disse, sublinhando que "as privatizações não levam a lado nenhum" e que "falta só quem defenda a privatização do ar".
Assim, no dia do arranque oficial da campanha para as legislativas de 04 de outubro, os candidatos do Livre/Tempo de Avançar José Castro Caldas e Isabel do Carmo (cabeça de lista em Setúbal), acompanhados por cerca de três dezenas de apoiantes, entre os quais Daniel Oliveira, desceram o Chiado até ao Rossio, distribuindo panfletos com o alerta: "Cuidado com as privatizações".
Segundo Castro Caldas esta ação foi uma forma "de chamar a atenção para um processo que tem de ter limites".
"As privatizações em si mesmo não cumprem qualquer objetivo que seja realmente importante do ponto de vista da economia nacional. O Governo gaba-se de ter privatizado 10 mil milhões de euros durante estes quatro anos, mas esse valor é muito parecido com valor que anualmente o Estado paga de juros pela dívida", argumentou.
Ou seja, continuou, "é uma gota de água que não resolve qualquer problema na questão do endividamento" e, por outro lado, "priva o Estado de receitas através dos dividendos que deixa de receber".
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