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"Vítor Gaspar era o marrão da turma"

A presidente do Banco Alimentar diz que o seu maior sonho era fechar a instituição que lidera. Era “sinal de que não seria preciso”.

"Vítor Gaspar era o marrão da turma"
Notícias ao Minuto

22:09 - 17/07/15 por Notícias Ao Minuto

Política Isabel Jonet

Numa entrevista concedida ao Diário Económico, Isabel Jonet recordou o seu percurso académico na Universidade Católica, onde foi aluna de Cavaco Silva e colega de Vítor Gaspar.

Do Presidente da República, Isabel Jonet recorda a postura reservada, que contrastava com António Borges, por exemplo. Mas as maiores recordações são mesmo do ex-ministro das Finanças, que a licenciada em Economia apelida de “marrão da turma” e que descreve como “uma das pessoas mais competitivas” que conheceu: “Não gosta de perder nem a feijões!”.

“Tenho o livro de caricaturas dessa fase, entre 77 e 82, e na dele está de dedo no ar a dizer: ‘Desculpe, professor, mas não é assim!', recorda a presidente do Banco Alimentar, que acrescenta: “Dava-me lindamente com ele. O Vítor Gaspar já nessa altura sabia mais do que os professores e corrigia-os. Sempre foi uma pessoa séria, defendendo tudo com convicção, tenho muito boas recordações dele e da Sílvia, a mulher, ambos ‘marrões'!”.

É por conhecer Vítor Gaspar há longas décadas que Isabel Jonet não tem dúvidas em afirmar que o enorme aumento da carga fiscal que aplicou quando estava no Governo terá sido uma decisão “profundamente pensada”.

A crise não deixou, contudo, margem para encontrar uma alternativa, acredita: “somos um País com um milhão de pessoas que vivem com menos de 280 euros por mês, há dois milhões com menos de 400 euros por mês, há 40% que são pensionistas e, portanto, quem é penalizado? São os que contribuem!”.

Quando questionada sobre se se incomoda com aqueles que a apelidam de 'salazarenta', Isabel Jonet diz não se rever na figura política de Salazar, alegando que “neste país vive-se em dualidade (esquerda/direita, preto/branco, Benfica/Sporting) quando há muito mais do que isso”.

“As pessoas em Portugal têm uma coisa terrível: a última palavra dos Lusíadas, a inveja, sobretudo do sucesso. E não percebem que o Banco Alimentar e a Entrajuda são um sucesso que não queriam ser, ou seja, o meu maior sonho era fechar o Banco Alimentar, sinal de que não seria preciso”, explicou.

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