"Análise de Cavaco lembra discursos anedóticos de Américo Tomás"
Carvalho da Silva considera que, após a Grécia, “no corredor das vítimas são os portugueses que se seguem”.
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Política Carvalho da Silva
Foi com duras palavras que Carvalho da Silva descreveu a postura do Presidente da República perante o diferendo que opõe Grécia e credores: “A análise contabilístico-aritmética de Cavaco Silva sobre o que se passa na Grécia e na União Europeia [UE] e suas implicações em Portugal está ao nível anedótico dos discursos de Américo Tomás”.
A frase do antigo líder da CGTP surge num texto de opinião publicado este domingo no Jornal de Notícias, no qual Carvalho da Silva lança críticas ainda a Passos Coelho por manter a sua “mensagem” enquanto “o país permanece num beco apertado e lamacento na UE”.
Américo Tomás, recorde-se, foi Presidente da República durante o Estado Novo, altura em que ganhou a alcunha de ‘corta-fitas’, nome que os portugueses lhe deram em surdina pelo facto de a sua liderança estar sujeita ao poder de Salazar. Américo Tomás foi também o beneficiário da fraude eleitoral de 1958, ano em que venceu Humberto Delgado, conhecido como o ‘General sem medo’.
No seu texto de opinião, o ex-líder sindical escreve ainda que hoje em dia é mais claro que “o problema não é a Grécia”. O problema, na verdade, é “o projeto europeu tornado em monstro, onde hoje não há espaço para a democracia”, critica.
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