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"Costa anda por esse país para ser abraçado e beijocado"

Programa do PS transformou-se numa “escaramuça de retaguarda em defesa do funcionamento público”, atira o comentador.

"Costa anda por esse país para ser abraçado e beijocado"
Notícias ao Minuto

08:29 - 28/06/15 por Notícias Ao Minuto

Política Pulido Valente

Num artigo de opinião assinado no jornal Público, Vasco Pulido Valente foi duro nas críticas destinadas ao Partido Socialista. Além de deixar claro que António Costa terá grandes dificuldades em formar um governo, o comentador acusou o secretário-geral socialista de andar “por esse país a ser abraçado, mexido, beijocado”.

“Anda sem ninguém, como quem atravessa o deserto”, afirma o escritor, que perspetiva grandes dificuldades em Costa “escolher 15 pessoas para sentar à volta de uma mesa e governar o país”.

“À esquerda e à extrema-esquerda nunca aceitarão dar a cara sem concessões que inevitavelmente só podem arruinar o minucioso equilíbrio programático do novo PS", justificou. Já "a direita nunca aceitará um conúbio que dividirá o PSD e que talvez torne o CDS numa força considerável, se não decisiva”.

Entende o comentador político que “Costa ficará assim de mãos vazias, quer se vire para um lado, quer se vire para o outro”. Resta-lhe uma “mancha vaga de gente” no PS. Mas “o velho e bom Ferro Rodrigues está a pedir reforma e a geração seguinte não tapa o vazio da derrota de Sócrates”.

Vasco Pulido Valente certo de que “o socialismo não enfraqueceu só politicamente, perdendo pelo mundo inteiro deputados, maiorias, governos, presidências. Pior do que isso: o desemprego de massa e o fracasso anunciado do Estado social transformaram um programa e uma doutrina numa escaramuça de retaguarda em defesa do funcionamento público, como se dele dependesse a salvação da humanidade”.

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