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PSD venceu as eleições há 4 anos

Há quatro anos, a 5 de junho de 2011, o PSD venceu as legislativas, com o novo Governo de coligação PSD/CDS-PP a entrar em plenitude de funções menos de um mês depois, a 1 de julho.

PSD venceu as eleições há 4 anos
Notícias ao Minuto

10:15 - 03/06/15 por Lusa

Política 2011

Entre as duas datas, os acontecimentos foram-se sucedendo, primeiro com a negociação do acordo entre PSD e CDS-PP, depois com a indigitação de Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro e a apresentação do elenco governativo, culminando com a discussão, sem votação, do programa do executivo na Assembleia da República.

Nas eleições, o PSD venceu com 38,66% dos votos, elegendo 108 deputados, com o PS a ficar como segunda força política mais votada, com 28,05% e 74 deputados. O CDS-PP alcançou 11,71% dos votos, garantindo 24 parlamentares, a CDU 7,9% dos votos e 16 deputados (14 do PCP e 2 do PEV), enquanto o BE conquistou 5,17% e assegurou a eleição de 8 parlamentares.

Logo na tarde do dia seguinte às eleições, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, recebeu o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, incumbindo-o de "desenvolver de imediato diligências" para "propor uma solução governativa" com apoio parlamentar maioritário, a ser comunicada ao chefe de Estado "antes da publicação do mapa oficial" dos resultados eleitorais.

No dia seguinte, a 07 de junho, Passos Coelho e o líder do CDS-PP, Paulo Portas, encontraram-se e definiram "o modelo de negociações" entre os partidos. Vinte e quatro horas depois, e após a primeira reunião formal entre sociais-democratas e democratas-cristãos, é anunciada a criação de "duas equipas de trabalho" para preparar "uma proposta de acordo político".

Nove dias depois das eleições, a 14 de junho, Cavaco Silva recebeu pela segunda vez o líder do PSD, ainda antes de começar a ouvir os partidos com representação parlamentar. Nesse encontro Passos Coelho comunicou ao Presidente da República que o PSD e o CDS-PP dispunham de uma "solução maioritária de Governo".

Nesse mesmo dia, o chefe de Estado começou a ouvir os partidos com assento parlamentar, encontros que se prolongaram até ao dia seguinte.

Após a conclusão das audições, Belém anunciou que tinha indigitado o líder do PSD para o cargo de primeiro-ministro. Antes, no final da audiência dos sociais-democratas com o Presidente da República, Passos Coelho já tinha prometido apresentar um Governo "dentro da urgência que o país precisa".

A 16 de junho era assinado, e selado com um aperto de mão entre Passos Coelho e Paulo Portas, o acordo político que serviu de base à coligação maioritária de Governo entre PSD e CDS-PP.

Um dia depois, ao final da tarde, Passos Coelho entregou formalmente ao Presidente da República a composição do novo Governo, formado "em tempo recorde" e o mais pequeno desde 1975, com apenas 11 ministros, três dos quais do CDS-PP, quatro do PSD e quatro independentes.

Entretanto, a 20 de junho teve lugar a primeira sessão plenária da XII legislatura, uma reunião marcada por um acontecimento inédito, com Fernando Nobre a falhar por duas vezes a eleição para presidente da Assembleia da República. O duplo 'chumbo' levou o deputado, eleito como independente nas listas do PSD e que renunciou depois ao mandato, a desistir da candidatura. No dia seguinte, Assunção Esteves foi então eleita para o segundo cargo mais importante do Estado.

A 21 de junho, 16 dias depois das eleições legislativa o XIX Governo Constitucional tomou posse no Palácio da Ajuda, com avisos do Presidente da República para a necessidade de uma coligação governativa com "solidez, consistência e durabilidade" e os alertas para os "custos catastróficos" de um eventual falhanço do cumprimento dos compromissos internacionais. Da parte do novo primeiro-ministro ficou a promessa: "Portugal não falhará".

No dia 30 de junho teve início a discussão do programa do Governo, debate que se prolongou por dois dias. Foi aí que Passos Coelho anunciou a primeira medida de "caráter excecional" do Governo: o corte do 50% do subsídio de Natal acima do salário mínimo nacional, através da criação de um imposto extraordinário.

A 1 de julho, o XIX Governo Constitucional entrou em plenitude de funções, depois de concluída a discussão do programa do executivo na Assembleia da República, sem que o documento tivesse sido submetido a votação.

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