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É "fundamental" que Albuquerque tenha maioria absoluta

O presidente demissionário do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, considerou hoje que se "fugiu aos grandes temas" na campanha para as legislativas regionais de domingo, como a autonomia, e disse ser "fundamental" que Miguel Albuquerque tenha maioria absoluta.

É "fundamental" que Albuquerque tenha maioria absoluta
Notícias ao Minuto

20:00 - 27/03/15 por Lusa

Política Eleições na Madeira

"Para mim é fundamental que o Albuquerque ganhe e com maioria absoluta. E porquê? Porque toda esta transição resultou de prazos que fui eu que defini e resultou de momentos que fui eu que defini", afirmou, garantindo o seu voto no candidato do PSD e esperando ouvir que com a sua metodologia "correu tudo bem e acabou tudo em maioria absoluta".

Alberto João Jardim falava aos jornalistas durante a inauguração de um barco atuneiro no Caniçal, em Machico, onde explicou, quando questionado sobre a sua ausência da campanha eleitoral que hoje termina, que teve reuniões na Letónia e em Estrasburgo.

"A casamentos e batizados só se vai quando se é convidado. Ninguém me convidou para a campanha, mas eu também lhe dei a saber que não estava cá", comentou, referindo-se ao candidato social-democrata às legislativas e seu sucessor na liderança do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque. Foi, aliás, na sequência dessa substituição que Jardim pediu a exoneração.

O social-democrata, que deixa o poder ao fim de quase 40 anos, sempre com maioria absoluta, disse aos jornalistas que de fora da campanha ficaram três assuntos essenciais.

"Primeiro, a oposição futura de Portugal na Europa e no mundo, o futuro da Madeira vai depender muito disso. Em segundo lugar, a questão da autonomia -- ou temos uma autonomia maior ou a situação mantém-se colonial, com ainda é. E em terceiro lugar, há que resolver esta questão da dívida pública da Madeira, que é o resultado do direito que os madeirenses tiveram de se desenvolver face a 500 anos de colonialismo", apontou.

Nesse período, acrescentou, "sugaram quase tudo" o que foi produzido na região.

Na sua opinião, faltou ainda abordar o fim das acessibilidades e foi uma "tontice" discutir o novo hospital.

Alberto João Jardim entende também que na região o PS (que lidera uma coligação com o PTP, o MPT e o PAN) e o CDS estão numa "situação de maridos enganados", não só porque "financiaram o diário dos ingleses [Diário de Notícias do Funchal]" e agora a publicação fala de Miguel Albuquerque, mas também porque financiaram o Juntos Pelo Povo e o recém-formado partido vai "ficar com os [seus] votos".

A agenda de Jardim incluiu ainda a anunciada inauguração da parte já terminada do novo terminal de cruzeiros do Funchal e, segundo o presidente cessante, ainda haverá outras inaugurações no Porto Santo para a semana.

A obra do cais foi contestada, entre outros, por Miguel Albuquerque, quando era presidente da câmara, mas Alberto João Jardim disse que o atual líder do PSD/Madeira não está incluído na "burguesia inculta" que criticou o projeto e na qual estiveram os seus "grandes adversários".

Às eleições de domingo concorrem 11 forças políticas - oito partidos e três coligações.

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