As listas nas distritais para as eleições legislativas já mexem. Escreve o Diário de Notícias que PSD e CDS já estão a disputar as funções de cabeça de lista e que em Santarém já estalou o verniz por falta de acordo.
Embora nem Passos Coelho nem Paulo Portas tenham já tomado uma decisão relativamente à coligação, a verdade é que os líderes distritais já estão a preparar o terreno para as legislativas.
O presidente da distrital e o autarca de Santarém estão já em ‘guerra’ para decidir quem será o cabeça de lista.
O autarca Ricardo Gonçalves defende que o cabeça de lista deve ser um membro do PSD, mas o nome mais falado é o da ministra centrista, Assunção Cristas.
Ao Diário de Notícias, o presidente da distrital Nuno Serra admitiu estar “surpreendido” que este tema já esteja em discussão “uma vez que a coligação ainda não está decidida” e acusou o autarca de “tentar condicionar o presidente do partido”.
Sem dizer se apoia ou não o nome de Assunção Cristas, Nuno Serra sublinhou que o “cabeça de lista tem de ser alguém que, à partida, seja uma mais-valia eleitoral”.
E Cristas será mesmo a “mais-valia” eleitoral, segundo as declarações de outro responsável escalabitano do PSD.
“Cristas tem sido o nome falado. E faz algum sentido: o pai dela é de Ferreira do Zêzere, ela é ministra da Agricultura e Santarém é um distrito agrícola”, apontou a mesma fonte.
Já em Aveiro o PSD deverá perder o lugar de cabeça de lista para outro centrista, desta feita Paulo Portas.
Um dirigente social-democrata confirmou isso mesmo ao Diário de Notícias, tendo acrescentado ainda que “isso é algo de que já estamos à espera há muito e é inegável que Portas é um nome forte”.
“Para compensar, o número dois terá de ser do PSD e também forte, alguém com peso: o líder parlamentar, Luís Montenegro”, concluiu.