PS não trai a Grécia mas recusa sofrer do 'efeito Syriza'
A posição do Partido Socialista (PS) quanto à vitória e ideais do Syriza tem sido muito discutida, mas em Portugal a certeza é uma: não haverá ?traição?, mas o PS não deixará de ser PS nem tão pouco está confuso com o ?efeito Syriza?, escreve, esta quinta-feira, o Diário de Notícias (DN).
© Reuters
Política Debate
Pacheco Pereira, Sérgio Sousa Pinto, Carlos Zorrinho e Vítor Ramalho debateram a vitória do Syriza e a posição que o Partido Socialista (PS) deve tomar. Nos ‘Encontros Garret’, os ‘rosas’ mostraram diferentes visões sobre a Europa, mas uma certeza veio ao de cima: a história não será traída, o PS irá continuar como sempre foi e a renegociação pode e deve estar em cima da mesa.
Para Pacheco Pereira, a “grande prova dos nove para os socialistas vai ser a discussão sobre a dívida grega”, deixando, no ar, a ideia de poder existir uma “traição socialista” quanto a esta questão, uma vez que se os socialistas europeus “alinharem” com a posição de isolamento da Grécia, “objetivamente traem aquilo que é a história clássica do movimento socialista e transformam-se, de facto, num anexo vagamente de esquerda dos partidos no poder mais à direita”.
Já Sérgio Sousa Pinto, responsável na direção do partido pelas relações internacionais, defende que “o PS nunca irá contribuir para o isolamento nem o encurralamento da Grécia na questão da dívida”.
Também em matéria de renegociação da dívida, Carlos Zorrinho lembra que o PS “tem sido a favor da renegociação da dívida e não do perdão. E renegociar a dívida é algo que a Grécia tem de fazer”. A mesma ideia é defendida por Vítor Ramalho, um dos 74 subscritores que pediram a renegociação da dívida.
“Continuo a achar que é inevitável Portugal e a Grécia renegociarem a dívida e penso que é isso que o PS deve defender”, esclarece.
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