Reestruturação do Governo permitirá transitar para "líderes de amanhã"
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, disse hoje que a reestruturação do Governo em curso em Timor-Leste pretende trazer ao executivo "os líderes de amanhã", com uma aposta na eficiência, eficácia e reforço de capacidades.
© Lusa
Política Xanana Gusmão
Xanana Gusmão, que falava no arranque da primeira reunião trimestral dos Parceiros de Desenvolvimento para 2015, em que participa grande parte do executivo e representantes de agências internacionais e de vários países, disse que "a construção de uma base de estabilidade em Timor-Leste permitiu não apenas criar planos de desenvolvimento estratégico a longo prazo, mas permitiu planear o futuro com confiança".
"Podemos agora transitar para os líderes de amanhã. Por isso estamos a levar a cabo uma reestruturação do Governo de Timor-Leste. Esta reestruturação resultará num Governo mais eficiente e numa melhoria das nossas capacidades", considerou.
Ausentes do encontro - onde estão presentes onze países, representantes da UE, da ONU, do Banco Mundial e do Banco Asiáticos de Desenvolvimento (BAD) - estão os representantes de Portugal e das Filipinas.
"A nossa reestruturação inclui uma nova geração de líderes. Temos paz e estabilidade e temos um plano de desenvolvimento estratégico, capaz de abrir oportunidades para os líderes de amanhã, para que subam, pelo futuro do nosso país", afirmou.
O primeiro-ministro timorense explicou que depois de um processo de identificação das causas das "fragilidades do país", da paz e segurança que permitiram "virar a atenção para o planeamento a longo prazo", Timor-Leste embarca firmemente "num processo de construção do Estado.
"Estamos agora centrados na implementação do nosso plano estratégico. Este encontro é uma oportunidade de focar os esforços e debater o nosso progresso, sucessos e desafios que enfrentámos e vamos enfrentar no futuro", disse.
O objetivo, destacou, é criar instrumentos que garantem que o trabalho do Governo e dos parceiros de desenvolvimento "está em linha com as nossas prioridades de desenvolvimento".
Emília Pires, ministra das Finanças, destacou o facto do encontro de hoje pretender dar a conhecer passos dados pelo Governo para fortalecer a capacidade de execução orçamental.
Paralelamente, acrescentou, está em curso uma análise detalhada que conduzirá a uma "grande reforma fiscal", processo em que está a colaborar Portugal.
Xanana Gusmão, por seu lado, explicou que um dos decretos já aprovados este ano pelo Governo - sobre a execução orçamental - pretende dar um "melhor entendimento das regras (...) combater todas as más práticas e ter melhor controlo das instituições financeiras".
"Faz parte da construção do Estado. O Estado são as instituições e no caso do Governo, quando mexemos com milhares de milhões de dólares todos os anos, temos que fortalecer a capacidade dos funcionários públicos, de membros do Governo, de entender, de trabalhar numa quadro legal adequado, com mecanismos com que podemos garantir eficiência, transparência e responsabilidade", disse.
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