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Luta é também para "mudar o que tem de ser mudado"

O presidente do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, disse hoje na festa de Natal dos sociais-democratas madeirenses que a luta não é só por mais autonomia mas também "ajudar os portugueses a mudar o que tem de ser mudado".

Luta é também para "mudar o que tem de ser mudado"
Notícias ao Minuto

10:07 - 07/12/14 por Lusa

Política Alberto João Jardim

"A luta não é só pela autonomia, a luta é ajudar o povo português, no continente, a mudar o que tem de ser mudado e muito depressa mudado", declarou o líder madeirense.

Alberto João Jardim recordou que a "hostilidade" da atual direção do PSD nacional ao seu governo e ao PSD-M "não vem de agora", lembrando a ameaça aos deputados madeirenses na Assembleia da República por terem votado contra o orçamento de Estado paria 2015.

Jardim enumerou que essa "hostilidade" começou com as eleições regionais de 2011, depois com o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro e depois com a tentativa, em 2012, "dentro do próprio partido em Lisboa, por em causa o voto do povo madeirense em 2011".

"Depois, tivemos, aqui, uma visita muito especial do primeiro-ministro, que diz que fez justiça social, não fez coisa nenhuma, destruiu a classe média portuguesa, agravou a diferença entre ricos e pobres e pôs os pobres dos funcionários públicos e os pobres dos reformados a pagar os erros dos socialistas", acrescentou.

"Isto não se faz, isto é desumano, eu não posso aceitar, nem, o PSD da Madeira pode aceitar um partido dirigido por esta gente", sublinhou.

João Jardim falou ainda da recente visita do primeiro-ministro à Madeira para participar numa iniciativa do Diário de Noticias: "tivemos uma visita à festa do nosso maior inimigo ao longo de 40 anos".

"Isto é instrumentalizar o Estado por questões pessoais e, agora, temos uma ameaça aos nossos deputados por terem votado ao lado do povo madeirense", rematou.

Alberto João Jardim, que pediu o voto "em consciência" nas eleições internas de 19 de dezembro e que o partido volte a se unir após a escolha do futuro líder do PSD-M, realçou que o PSD-M "não pode ser um partido dócil a Lisboa".

"Nós não podemos ser um partido que faz o que a Direção de Lisboa quer", adiantou.

Numa alusão à posição dos quatro deputados madeirenses do PSD na Assembleia da República, Jardim pediu uma salva de palmas para os mesmos por serem "verdadeiros deputados porque votaram ao lado dos direitos dos madeirenses".

"Fica desde já claro, aqui - e ponham-me a mim também na rua, que gozo, ainda vamos lá pô-los na rua - façam as sanções que quiserem, escrevam o que quiserem, nós não aceitamos a mediocridade e, portanto, desde já está anulada qualquer decisão que esses senhores tomem sobre os nossos companheiros deputados sociais-democratas", asseverou.

"Meus caros amigos, não pensem que isto é uma despedida", adiantou ao desejar um feliz Natal aos companheiros de partido.

"Um grande abraço, obrigado por tudo o que fizeram por mim (...) eu não me vou reformar, eu vou estar militante de base, da secção de Santa Luzia e se isto der para o torto eu conto convosco porque vamos por na rua quem fez isto virar para o torto", concluiu.

Alberto João Jardim já anunciou que pedirá a demissão de presidente do Governo Regional a 12 de janeiro depois de aclamado o novo líder do partido no congresso de 10 e 11 de janeiro.

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