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"Tenho pena porque Miguel Macedo era um bom ministro"

Manuela Ferreira Leite elogiou, no seu espaço semanal de comentário na TVI24, o antigo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. "Tenho pena que Miguel Macedo se tenha demitido", disse com algum pesar.

"Tenho pena porque Miguel Macedo era um bom ministro"
Notícias ao Minuto

22:52 - 20/11/14 por Notícias Ao Minuto

Política Manuela Ferreira Leite

"Julgo que admitiu que não tinha alternativa. Tenho pena porque ele era um bom ministro e não tenho dúvidas que ele não estava envolvido neste caso. O que eu mais valorizo na posição dele, não foi tanto ter-se demitido, mas os motivos que evocou", começou por explicar Manuela Ferreira Leite, no seu espaço de comentário na TVI 24, sobre a posição de Miguel Macedo ao decidir demitir-se depois de ter sido conhecida a investigação que está a ser levada a cabo à atribuição dos vistos gold.

Ainda em elogios a Miguel Macedo, Ferreira Leite afirmou que se trata de "uma pessoa que entende qual é a posição de um ministro, a sua responsabilidade e o seu papel junto da administração pública. Há efetivamente um ministro".

"Entendo que todos os ministros façam um exame de consciência. Devia ser um exemplo para todos os outros ministros. Se há ministros que não correspondem a esta tarefa, deveriam ponderar o seu cargo", indica como conselho.

Sobre a possibilidade de haver alterações no Governo, a antiga ministra das Finanças explica que "não vai ser fácil fazer remodelações profundas. Recomeçar tudo de novo. Entendo que só forçadamente é que Passos Coelho fará mudanças nos ministros".

"É caso inédito na administração pública e pode ser sinal de degradação", atira.

Sobre as declarações do vice-primeiro-ministro Paulo Portas, esta quinta-feira, na Assembleia, Ferreira Leite diz que o ministro não aprofundou a questão que realmente importa. "As falhas estão na execução deste projeto [vistos gold]. Ao ser chamado o vice-primeiro-ministro Paulo Portas à Assembleia denota-se que o que está em causa é a conceção do projeto" e acrescentou que Paulo Portas utilizou vários "argumentos para valorizar o projeto em causa, mas o que interessa perceber é se havia falhas na sua execução".

Na Assembleia, Paulo Portas disse que "estava aberto a que houvesse ajustamentos no processo porque ele sente que há qualquer coisa de melhor. Mas não ouvi se ele fazia essas propostas de melhoria".

"Para se atingir determinado tipo de objetivo, não sei senão foi necessário agilizar em demasia. Senão há excesso de meios para se obter os objetivos. Não sei, mas é um ponto que devia ser considerado", atira.

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