"Queremos sublinhar que tem um curriculum notável e que surge num contexto muitíssimo conturbado e de descrédito do próprio Governo" afirmou a deputada Cecília Honório aos jornalistas no Parlamento, frisando também o facto de Anabela Rodrigues ser "uma mulher num Governo que tem tão poucas".
O BE desejava uma "uma remodelação mais alargada de um Governo que neste momento está a desfazer-se e tem a sua credibilidade em causa", salientando que a nova ministra terá em mãos dossiês "de uma enorme complexidade".
"A Administração Interna tem um orçamento fortemente condicionado, as condições laborais das forças de segurança, o horário de trabalho, as negociações dos estatutos profissionais, são matérias muito delicadas que estavam em curso e são de uma enorme exigência. E o BE cá estará para fazer essa avaliação política", prometeu.
O Presidente da República aceitou hoje a nomeação, proposta pelo primeiro-ministro, da professora universitária Anabela Rodrigues para o cargo de ministro da Administração Interna, em substituição de Miguel Macedo, que anunciou a sua demissão no domingo.
A tomada de posse vai realizar-se quarta-feira às 12:00, no Palácio de Belém. Estas informações foram divulgadas na página da Presidência da República na internet, onde se lê também que foi aceite a exoneração de Miguel Macedo do cargo de ministro da Administração Interna, a pedido deste.
Antiga diretora do Centro de Estudos Judiciários, Anabela Maria Pinto de Miranda Rodrigues, independente, de 60 anos, é professora catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que dirigiu entre 2011 e 2013, e vai ser a primeira mulher a estar à frente do Ministério da Administração Interna.