É de forma arrasadora que o cronista Vasco Pulido Valente inicia o seu texto, publicado hoje nas páginas do Público: “O dr. Cavaco está velho e está no fim da sua carreira política”, escreve, explicando de seguida que o que diz ser o desejo de Cavaco, de sair “com muitas palmas ma sobretudo sem sarilhos”, será difícil de concretizar.
Para Vasco Pulido Valente, Cavaco Silva optou por não antecipar eleições porque temia as consequências. “Em vez de paz deixaria um motim”, considera. Mas as duras críticas prolongam-se e incluem as consequências de não antecipar as eleições.
“Quando ele se agarra com um certo desespero à letra da lei para empurrar o Governo até setembro”, escreve ainda, o que Cavaco procura duas coisas: defender-se, pois em setembro já não poderá dissolver o Parlamento, mas também passar culpas para os partidos, pormenoriza.