“Estão criadas as condições internas e externas no Partido Socialista e no país para que o PS obtenha um grande resultado, que será a maior absoluta”, atirou o secretário nacional Miguel Laranjeiro, em declarações ao Diário de Notícias, instado a responder sobre as afirmações do líder parlamentar, Ferro Rodrigues, que dizia que uma votação para maioria será difícil.
No entanto, a meta para o exercício eleitoral do próximo ano já há muito foi traçada. É que António Costa, aquando das eleições europeias, quando Seguro ainda era líder do PS, não perdeu tempo a estabelecer os mínimos para o partido 'rosa'. “Nas legislativas não basta ganhar por um voto”, atirou na altura (25 de maio) o autarca.
Miguel Laranjeiro defende essa posição, porque “essa é a expetativa de todos os socialistas, de trabalhar para essa maioria absoluta”. A ambição é terreno comum a Ferro Rodrigues, mas este é mais cauteloso e diz que “é preciso ter consciência de que o sistema partidário vai estar bastante mais pulverizado...”, explica, acrescentando que só por uma vez um partido de esquerda teve uma vitória igual à agora desejada.
Ainda sem um assento no Parlamento, o autarca lisboeta, que agora lidera o PS, terá de conduzir os 'ataques' ao Governo. por agora, através da ‘janela’ da Câmara Municipal, mas antes terá de apresentar a sua proposta política, mesmo que as sondagens já lhe deem, a concorrer sozinho, vantagem sobre a coligação governativa.