A eurodeputada e ex-dirigente do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, formalizou este sábado a sua candidatura à Presidência da República, no Porto.
"Candidato-me para ser a Presidente que cuida da democracia - uma democracia forte que ocupa todos os lugares da nossa vida: as escolas, as empresas, os bairros. A democracia ativa que nos evoca em todas as idades e condições. É o tempo urgente desse encontro de levantar essa torrente. temos em nos a força para o fazer" afirmou a bloquista.
Acrescentando: "Só a democracia abraça a vida - e há uma politica da morte e uma política da vida. Essa é a escolha de todos os tempos".
"Apresento-me como candidata a Presidente de Portugal com a minha vida e a minha experiencia por inteiro. Aqui estou como sou."
Durante o discurso, Catarina Martins foi repetindo que "não é tarde demais", nem para o país, nem para o mundo.
"Não acreditem em quem nos diz que é tarde demais. Essa é a grande armadilha de quem vence com a desistência do povo", considerou.
"Não é tarde demais nem Portugal é pequeno demais para ser a voz da paz e do direito internacional do mundo", acrescentou. "Estes valores estão escritos na história da nossa democracia e são o meu alfabeto. Saber quem somos e de onde vimos é o chão de onde a democracia se levanta."
"Termino por isso com um apelo e um compromisso. Um apelo para que façamos deste movimento um espaço de encontro e convergência. Esta candidatura não se define por fronteiras partidárias", garantiu. "O meu compromisso é absoluto: nesta candidatura haverá lugar para todas essas vozes."
Catarina Martins, que falava a meio da manhã, na Galeria Geraldes da Silva, na baixa do Porto, lembrou que foi dirigente partidária durante mais de uma década e que negociou e aprovou quatro Orçamentos de Estado que tomaram medidas que "ainda hoje são lembradas".
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