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Bragança. Autarca pelo PS diz que após tomar posse "não há partidos"

Isabel Ferreira foi eleita presidente da Câmara de Bragança pelo PS, quebrando um ciclo de 28 anos de governação social-democrata, mas garante ser "livre ideologicamente" e que "a partir da tomada de posse não há partidos", querendo apenas "trabalhar".

Bragança. Autarca pelo PS diz que após tomar posse "não há partidos"

© Global Imagens 

Lusa
19/10/2025 23:29 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Autárquicas

Depois de ter quebrado 28 anos de governação do PSD, a presidente de Câmara eleita nas autárquicas de domingo disse, em entrevista à Lusa, que o único motivo que a moveu a candidatar-se foi "trabalhar", e não uma "questão partidária ou ideológica". 

 

Apesar de ter vencido as eleições à câmara, das 39 freguesias do concelho de Bragança, apenas cinco passaram agora para o PS, sendo a grande maioria do PSD. No entanto, Isabel Ferreira salientou que "os presidentes de junta, sejam do PS ou do PSD, são todos iguais" e, da sua parte, podem contar com "toda a lealdade e com toda a colaboração para ajudar a cumprir os compromissos que assumiram". 

Também para presidir a Assembleia Municipal, os brigantinos escolheram o cabeça de lista do PS, Jorge Novo. Porém, os mandatos eleitos não foram suficientes para dar uma maioria ao partido. O PS conseguiu 20 mandatos, que se somam aos cinco presidentes de junta eleitos, dando um total de 25. Por outro lado, o PSD conseguiu menos mandatos, 18, mas somados aos 34 presidentes de junta eleitos, tem a maioria.

Este cenário pode levar a que o PSD apresente uma candidatura à assembleia e vença. Confrontada com esta situação, Isabel Ferreira afirmou que está "disposta para trabalhar com quem é eleito".

"A Assembleia Municipal é um órgão muito importante para escrutinar a ação do executivo, não mais do que isso. Quem governa é o executivo", disse.

Ainda assim, considera que a decisão do povo deveria ser soberana. "Não posso deixar de dizer que aquilo que ficou expresso é que as pessoas gostariam que a assembleia fosse presidida pelo Jorge Novo", frisou. 

Isabel Ferreira assume-se como uma pessoa "disponível" e assegura que assim será a sua governação, com "proximidade".

"Eu acho que proximidade é isso, é estar disponível sempre para as pessoas, estar com as pessoas e sobretudo esforçar-se para resolver os problemas que são colocados", referiu. 

À Lusa sublinhou ainda que os brigantinos podem esperar uma "dedicação total" da sua parte.

"Trabalhar sem parar, para conseguir que um mandato seja suficiente. Tenho a convicção de que vai ser suficiente para se perceber a mudança", reiterou.

A mudança começará por ser feita na "estrutura da Câmara Municipal", através da modernização, o que vai "permitir usar melhor todos os instrumentos para implementar projetos", disse, acrescentando que quer criar um gabinete dedicado aos fundos europeus e outro para prestar apoio às juntas de freguesia, porque os presidentes "precisam de apoio técnico", nomeadamente em questões de "contratação pública". 

Isabel Ferreira não quer deixar escapar os fundos europeus e entende que esse será um dos segredos para o desenvolvimento de Bragança.

"A câmara tem de ser impulsionadora desses instrumentos financeiros, dinamizando as nossas empresas a fazê-lo, a nossa instituição de ensino superior, as nossas IPSS e outros que podem ser beneficiários destes fundos europeus", explicou. 

Embora reconheça que há problemas infraestruturais para resolver, nomeadamente em estradas, saneamento e espaços desportivos, bem como terminar obras que não estão concluídas, como o Museu da Língua Portuguesa, Isabel Ferreira considera que "o mais importante neste momento é garantir que há emprego, que há investimento empresarial", que é possível "dar condições a quem quer investir aqui, e essa será sempre a prioridade".

A inovação tecnológica, o empreendedorismo e o investimento privado são os seus eixos principais, querendo criar um programa específico dedicado ao empreendedorismo e aos investidores. 

"Somos uma capital de distrito, temos de ter outras ambições, temos de falar de transportes, habitação, inovação tecnológica e emprego, pelo menos estes quatro eixos são muito importantes que se trabalhem logo numa primeira fase", sublinhou. 

Nas autárquicas de domingo, o PS obteve 50,31% dos votos, com quatro mandatos, enquanto o PS recolheu 41,42% dos votos, elegendo três vereadores.

A data da tomada de posse do novo executivo municipal é ainda desconhecida.

Leia Também: Catorze concelhos de três distritos do país em risco máximo de incêndio

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