"Investigadora, primatóloga, etóloga, antropóloga e conservacionista e uma voz incontornável na defesa dos animais e do ambiente, dedicou a sua vida ao estudo científico dos chimpanzés no Gombe Stream Chimpanzee Reserve, na Tanzânia, onde realizou observações pioneiras que obrigaram a comunidade científica a repensar a fronteira entre o humano e o não-humano", refere-se no voto assinado pela deputada única do PAN, Inês de Sousa Real.
Para o PAN, o trabalho de Jane Goodall, "reconhecido internacionalmente, inaugurou métodos de observação etológica que combinavam proximidade empática e rigor científico".
"Como mulher, numa época em que a ciência era maioritariamente masculina, tornou-se exemplo inspirador, abrindo caminho e encorajando gerações de mulheres a seguir carreiras na investigação científica e na conservação das espécies e do planeta. Jane Goodall foi fundadora do Jane Goodall Institute e do programa Roots & Shoots, iniciativas que transformaram investigação em ação educativa e conservacionista a nível mundial", defende-se no texto do voto de pesar.
Realça-se, ainda, que Jane Goodall recebeu várias distinções, "entre elas o título de Dame pelo Reino Unido, o Templeton Prize e, em 2025, a Presidencial Medal of Freedom e foi nomeada mensageira da paz pelas Nações Unidas".
"Disse a famosa frase: 'O que fazes faz a diferença, e tens de decidir que tipo de diferença queres fazer'. Jane Goodall mostrou que a coragem, a persistência e a empatia são instrumentos de transformação social e científica e a sua trajetória inspira gerações", acrescenta-se.
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