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Convergência à Esquerda? "Deve ser feita em torno da minha candidatura"

O candidato presidencial António Filipe defende que uma convergência à esquerda nas presidenciais deve ser feita à volta da sua candidatura e não de António José Seguro, que considerou ter um posicionamento próximo de Luís Marques Mendes.

Convergência à Esquerda? "Deve ser feita em torno da minha candidatura"

© Lusa

Lusa
17/10/2025 06:20 ‧ há 10 horas por Lusa

Política

Presidenciais

"Se se quer que haja uma convergência a uma candidatura à esquerda, eu creio que essa convergência deveria ser feita em torno da minha candidatura e não, com todo o respeito, em torno da candidatura de António José Seguro", afirmou António Filipe em entrevista à agência Lusa.

 

Questionado se não teme que a sua candidatura, ao provocar uma dispersão de votos, possa impedir que um candidato de esquerda se qualifique para a segunda volta das presidenciais, António Filipe respondeu: "Mas o candidato de esquerda sou eu".

"Se o objetivo é desistências a favor de um candidato de esquerda, eu pergunto: qual é o outro candidato? Porque, eu tenho muito respeito pelo doutor António José Seguro, de quem eu sou amigo há muitos anos, mas eu não considero que ele tenha um posicionamento de esquerda", afirmou.

António Filipe defendeu que, com base nos diferentes posicionamentos políticos que teve ao longo da vida, Seguro "está mais próximo do posicionamento" de Luís Marques Mendes do que do seu.

"Portanto, não percebo que se me faça um apelo para que eu desista a favor de uma outra candidatura que eu não considero que seja uma candidatura de esquerda. O facto de ter sido líder do PS, eu creio que tem muitas responsabilidades, ao longo do seu posicionamento político, pela situação de insatisfação a que o país chegou", afirmou.

Relativamente a Catarina Martins, António Filipe disse "respeitar muito" a sua candidatura e admitiu ter mais "convergências do que divergências" com a ex-coordenadora do BE, mas considerou ter uma "diferença fundamental".

"É que a minha candidatura apresentou-se independentemente de quaisquer outras possibilidades de candidaturas", referiu, salientando que "é público que Catarina Martins anunciou a sua candidatura pelo facto de o professor Sampaio da Nóvoa não ter avançado com a sua".

"Eu, quando avancei com a minha candidatura e quando mantenho a minha candidatura, faço independentemente de qualquer candidato. Ou seja, não sou uma segunda opção. Sou uma primeira opção por considerar que tenho condições para protagonizar uma candidatura que vale por si", disse.

Interrogado assim se sugere a António José Seguro e a Catarina Martins que desistam das suas candidaturas a favor da sua, António Filipe disse começar a "ser moda nova, quando alguém acha que o candidato que apoia não vai lá, apelar à desistência do outro".

"Eu não me recordo de assistir a situações como esta, em que se pretende que só há condições para um candidato ganhar se os outros desistirem. Eu, brincando um pouco, podia dizer que, se todos desistirem, ganho à primeira volta", ironizou.

Sobre o que o levou a apresentar uma candidatura à Presidência da República, António Filipe referiu que tomou essa decisão por ter sentido uma "grande inquietação" de vários cidadãos de esquerda por não haver "nenhum candidato em que se pudessem rever".

"Todos os candidatos apresentados eram candidatos com grandes responsabilidades na situação a que o país chegou. Nenhum deles dava qualquer garantia que não fosse termos mais do mesmo", referiu.

Questionado se se estava a referir a António José Seguro, Luís Marques Mendes e Henrique Gouveia e Melo, António Filipe disse que sim, frisando que "são candidatos que pertencem às famílias políticas que têm dominado, nas últimas décadas", o funcionamento da democracia portuguesa.

"E eu acho que as pessoas exigem algo de diferente. Exige-se hoje, perante a situação de insatisfação que existe no país, um sobressalto cívico, de que isto não é uma inevitabilidade e que a situação das pessoas pode e deve melhorar", referiu.

Leia Também: António Filipe descarta desistir. Candidatura "não é substituível"

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