O presidente do Chega, André Ventura, anunciou, esta quarta-feira, que solicitou aos autarcas do Chega que foram eleitos para que se comece a fazer um levantamento relativo ao pagamento de apoios a "minorias".
"Dei hoje uma diretiva para que se comece a fazer imediatamente o levantamento de todos os subsídios e apoios sociais que são pagos a minorias que não trabalham para que isso acabe em Portugal. Isto é uma revolução que vai acontecer nas autarquias", explicou em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, depois de sublinhar que o partido é agora é "decisivo na maior parte das câmaras municipais do país".
Ventura disse ainda, após a primeira reunião do partido com autarcas eleitos, que também no Orçamento do Estado teria de haver alterações ao mesmo nível. "As pessoas não podem votar e isto não ter consequência. Por isso é que fiz hoje questão de dar uma diretiva a todos os autarcas de que o corte tem de começar já. E o Orçamento tem de trazer isso também", apontou.
Questionado sobre como pensava gerir este corte, Ventura disse que seria "muito simples, exemplificando: "Pessoas que vivem em casas das câmaras municipais e que foram condenadas por tráfico de droga. Agora é o momento em que isto tem de acabar".
Ventura reforçou ainda quão decisivo era agora o partido, dizendo que "é decisivo em sete dos maiores concelhos do país, não há nenhuma decisão que passe sem o apoio do Chega nos sete concelhos do país".
"Gostava de ver no Orçamento do Estado também isso. Olhamos para a Segurança Social e está exatamente igual", afirmou, dizendo que o partido não vai "transacionar ou ceder apoios".
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