Segundo informação adiantada à Lusa por fontes socialistas, estas foram algumas das ideias defendidas por José Luís Carneiro na sua intervenção na Comissão Política Nacional do PS desta noite quando fez o balanço das autárquicas de domingo, nas quais o partido deixou de ser a principal força política local e perdeu a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
O líder do PS defendeu que o partido é "a única alternativa política, sólida e robusta à AD" e focou-se na conquista de mais cinco capitais de distrito, Bragança, Viseu, Coimbra, Évora e Faro, que permite agora que o partido tenha metade das capitais de distrito.
Carneiro destacou que o PS manteve a sua "capilaridade autárquica" e que, em termos de votos, ficou com "33,7% dos votos", a menos de um ponto percentual do PSD.
Na perspetiva do líder do PS, tendo em conta um estudo divulgado pelo Expresso que apontava para um "cenário de grande erosão eleitoral do PS", que se poderia traduzir na perda de 80 câmaras, o resultado de domingo "confirma um cenário de recuperação do PS".
Outro dos argumentos usados por Carneiro foi o facto de o PS ter ganhado a maioria das câmaras da Área Metropolitana de Lisboa.
O líder do PS destacou ainda o facto de ter conquistado nove câmaras ao PSD, sete ao PCP e duas a grupos independentes.
O PS voltou a perder Lisboa e do Porto e ficou sem as autarquias de Sintra e a de Vila Nova de Gaia, das câmaras mais populosas.
No registo das perdas, destaque ainda para três dos nove bastiões que eram PS desde as eleições de 1976 e que agora saem das mãos dos socialistas: Condeixa-a-Nova, Lourinhã e Torres Vedras.
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