"Este resultado obviamente não era aquele que nós esperávamos, tínhamos a expectativa de termos uma votação mais expressiva", admitiu o candidato em declarações à Lusa.
Apurada a última freguesia do concelho, o Lumiar, ficou confirmado o terceiro lugar para o Chega na corrida à presidência da Câmara de Lisboa, colocando a lista de Bruno Mascarenhas à frente da CDU (PCP/PEV) por apenas 11 votos.
Em primeiro lugar ficou o social-democrata Carlos Moedas, que se recandidatava ao segundo mandato pela coligação PSD/CDS-PP/IL e alcançou 41,69% dos votos, conquistando oito mandatos.
A coligação PS/Livre/BE/PAN, encabeçada pela socialista Alexandra Leitão, arrecadou 33,95% de votos e conquistou seis mandatos, enquanto o Chega obteve 10,10% dos votos, com dois eleitos, seguido pela CDU (PCP/PEV), que obteve 10,09%, ficando com um mandato.
"Claramente fomos muito prejudicados pelo fenómeno do voto útil, o que para nós é um pouco incompreensível, tendo em conta o estado em que a cidade se encontra e como é que os eleitores entenderam ainda assim dar um novo voto de confiança ao engenheiro Moedas e, portanto, no nosso entender, ele não merecia, mas nós respeitamos absolutamente aquilo que é a vontade dos lisboetas", adiantou.
No início da noite, Bruno Mascarenhas tinha admitido que não lhe agradaria ficar atrás da lista liderada pelo comunista João Ferreira, mas depois de ver confirmada a vitória tangencial, garantiu não tirar "satisfação por ter ficado à frente".
"Nós estarmos a trabalhar numa lógica de estar a competir com o PCP é algo que só por si me desagrada, portanto não tiro qualquer satisfação por ter ficado à frente da CDU", salientou.
"Não sinto nenhum interesse nesta disputa com a CDU, porque a nossa disputa naturalmente é com o PSD e com o PS, portanto são eles que nós queremos realmente derrotar, não é a CDU", insistiu.
Uma vez no executivo, a prioridade número um, de acordo com Bruno Mascarenhas, é a fiscalização.
"É aquilo que não há neste momento e que é essencial para regular uma série de setores da cidade", disse, acrescentando que pretende também "combater a corrupção que existe na Câmara Municipal de Lisboa, nas empresas municipais e o compadrio".
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