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Liderar Sintra? Rita Matias assume "preocupações" mas acredita na equipa

A candidata do Chega à Câmara de Sintra, Rita Matias, disse hoje que se manterá como deputada e vereadora, e fará oposição, caso não vença as eleições de domingo, assumindo algumas "preocupações" com o desafio de liderar o executivo.

Liderar Sintra? Rita Matias assume "preocupações" mas acredita na equipa

© Leonardo Negrão

Lusa
10/10/2025 18:58 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Autárquicas

"Há sempre preocupações, que só mostram que encaramos com responsabilidade tudo isto. Mas, também fiz-me acompanhar por uma equipa de pessoas experientes", uns "empresários e empreendedores, outros que estão muito habituados a trabalhar na administração pública, também em câmaras municipais, e por isso estou confiante de que cada um de nós contribui com um perfil distinto", afirmou Rita Matias.

 

A deputada do Chega, à beira de fazer 27 anos, que falava à Lusa numa ação de campanha na rotunda da Bela Vista, em Mem Martins, acompanhada do cabeça de lista para a Assembleia Municipal, Luís Fernandes, e do primeiro candidato à freguesia de Algueirão-Mem Martins, Paulo Coelho, acrescentou confiar que a diferença de experiências "se vai traduzir, acima de tudo, num movimento de mudança, que é o que Sintra precisa".

No caso de não vencer as eleições, a deputada admitiu que, não assumindo pelouros, acumulará o parlamento e a autarquia, porque quando se candidata "a um cargo é para assumir aquilo" que os eleitores, "e neste caso os sintrenses, entendem que tem que ser".

"Vou respeitar os resultados eleitorais, se não for um cenário de vitória vou fazer um papel de oposição, de escrutínio, de acompanhamento daquilo que for a ação governativa do novo executivo, assumindo o compromisso ao qual me candidatei", referiu.

Em relação à campanha, a boa "adesão e uma recetividade estrondosa" não a surpreendeu, face aos resultados das legislativas, em que obtiveram mais votos no concelho, mas ainda assim ficou impressionada, "porque as pessoas também aqui nestas terras perderam a vergonha, o receio" de apoiar o Chega.

"Ela estava a apitar, mas estava a mandar vir", comentou um apoiante do partido de extrema-direita, perante a insistente buzinadela de uma automobilista presa na fila de carros que passavam pela rotunda.

Enquanto os militantes entregavam canetas, sacos, fitas, bonés ou 't-shirts' do partido, os condutores que passavam repartiam-se entre quem aceitava os brindes e os que ignoravam as ofertas com um gesto obsceno, ou que atiravam beijos à candidata.

Um taxista demonstrou apoio com um punho fechado, e outro que o seguia quase ia atropelando uma mulher na passadeira por estar distraído com os apoiantes, um motociclista de entregas ao domicílio apenas sorriu perante a aglomeração na saída da rotunda para a Alameda Afonso de Albuquerque.

Mas, também havia quem atirasse "vai trabalhar", ou a condutora de um 'SUV' que passou a buzinar continuamente, apontando o indicador médio esticado, provocações que levaram um apoiante a aconselhar: "Tira-lhe a matrícula".

A candidata referiu que o partido quer governar sozinho, e está "a tentar mobilizar o voto" para ter "uma maioria", mas concedeu saber "que isso pode não acontecer", pois as sondagens dizem "que o voto está muito fragmentado e que será necessário eventualmente algum diálogo".

A deputada explicou ainda que a proposta de oferecer um bilhete para o regresso de imigrantes ao país de origem "não é um desejo de mandar embora as pessoas que não são de cá", mas "perceber que Sintra tem sido um dos concelhos onde se sente muito a chegada de pessoas" que "muitas vezes vêm ao engano" e se acumulam "em garagens, onde vivem 20, 30 pessoas em espaços que não estão preparados para habitação" ou em lojas.

Uma medida que reconheceu não ser competência da autarquia, mas que disse esperar que "o Governo também caminhe nesse sentido", e caso vença as eleições pedirá "imediatamente uma auditoria externa" para averiguar os "esqueletos no armário" dos 12 anos do PS, mas também do PSD, para saber com que linhas se cosem.

Atualmente, o executivo, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, tem cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).

Concorrem também à Câmara de Sintra no domingo Ana Mendes Godinho (PS/Livre), Marco Almeida (PSD/IL/PAN), Pedro Ventura (CDU), Maurício Rodrigues (CDS-PP/PPM/ADN), Tânia Russo (BE) e Júlio Ferreira (ND).

Leia Também: Rita Matias quer descentralizar a presidência da Câmara em Sintra

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