"Tudo indicava que havia que ia haver uma golpada em que Trump seria o prémio Nobel. Não foi Trump, foi uma 'trumpista'. E, portanto, não há muito mais a dizer sobre isso. A Academia entregou um prémio não a Trump -- o que também era demais --, então entregou-o a uma 'trumpista'", criticou Paulo Raimundo em declarações aos jornalistas durante uma arruada na Baixa da Banheira, no concelho da Moita.
Questionado sobre as razões para a crítica a María Corina Machado, opositora ao regime venezuelano de Nicolás Maduro, Paulo Raimundo disse não querer dizer mais nada, "porque é tão evidente que o prémio foi entregue a uma 'trumpista'", porque atribuí-lo a Trump seria "demasiado escandaloso".
"Eu faço duas constatações: o descrédito a que chegou a atribuição do Prémio Nobel da Paz, aliás no seguimento de outros prémios. E a outra constatação e facto é que não deram [o Nobel] a Trump, deram a uma 'trumpista'", referiu.
Perante a insistência dos jornalistas, Paulo Raimundo reiterou que não queria fazer mais constatações sobre o assunto, porque, a partir daí, ia começar a "desenrolar um novelo" que não tem interesse em desenrolar.
O Prémio Nobel da Paz 2025 foi atribuído à opositora venezuelana María Corina Machado, ex-deputada da Assembleia Nacional da Venezuela entre 2011 e 2014, anunciou hoje o Comité Nobel norueguês.
Corina Machado foi premiada "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", explicou a organização do Nobel.
O Prémio Nobel da Paz 2025 foi atribuído à opositora venezuelana María Corina Machado, ex-deputada da Assembleia Nacional da Venezuela entre 2011 e 2014, anunciou hoje o Comité Nobel norueguês.
Corina Machado foi premiada "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", explicou a organização do Nobel.
Nascida em 1967, na Venezuela, Maria Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime de Nicolás Maduro, tendo sido candidata nas eleições presidenciais de julho de 2024.
No entanto, foi impedida de concorrer quando, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça a proibiu de ocupar cargos públicos durante 15 anos.
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