Falando aos jornalistas no mercado municipal de Guimarães, durante uma ação de campanha para as autárquicas de domingo, Mariana Leitão considerou que "é normal o Governo negociar como bem entender" e, "lá está, este orçamento, como também não muda muito, é normal que o Partido Socialista não tenha grandes problemas com o documento".
"Para nós era óbvio que era fundamental ser um documento muito mais ambicioso, que trouxesse, de facto, que pusesse, no fundo, os portugueses em primeiro lugar e não o Estado", afirmou Mariana Leitão, reafirmando as críticas ao documento, nomeadamente na questão da habitação e carga fiscal.
Para a líder liberal, a manutenção da carga fiscal que prejudica a classe média é "algo também que foi bastante comum" na governação socialista".
"Este orçamento também não traz a ambição que nós gostaríamos que trouxesse, nem resolve os problemas das pessoas nestas áreas fundamentais", afirmou.
Trata-se de um documento, argumentou, "nada ambicioso para os portugueses, nada ambicioso para Portugal", e "um orçamento ganancioso porque a despesa pública continua a aumentar de forma galopante".
Na quinta-feira à noite, em Braga, cidade onde também esteve Mariana Leitão, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, assegurou que vai "contribuir para a estabilidade política" no debate do Orçamento, embora tenha identificado "uma desigualdade muito forte na distribuição dos sacrifícios que são pedidos às portuguesas e aos portugueses".
"Nós vamos cumprir a nossa palavra, a palavra que nos foi solicitada por parte das cidadãs e dos cidadãos nas eleições há três meses. Nós vamos contribuir para a estabilidade política do nosso país, porque é isso que as pessoas querem, é que sejamos capazes de contribuir para a estabilidade política", enfatizou.
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