A Coligação Evoluir Oeiras negou, esta quinta-feira, que tivessem sido militantes do Bloco de Esquerda e do Livre a remover os placares de cartão colocadas nas ruas pela campanha de Isaltino Morais, atual presidente da Câmara Municipal de Oeiras - e recandidato.
"A Coligação Evoluir Oeiras obviamente rejeita a acusação infundada - e como tal sem provas - de que teríamos retirado Isaltinos de cartão das ruas. Figuras, aliás, sem qualquer identificação exigida aos materiais de propaganda eleitoral", começam por explicar num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
A resposta da coligação em causa - da qual fazem parte o Bloco de Esquerda, Livre e Volt -, aponta, ainda, que a colocação destas imagens causou riscos para os transeuntes e condutores, para além de reduzir a acessibilidade.
"Isaltino e a sua campanha deveriam ter tido mais cuidado de não colocar material a restringir visibilidade em rotundas, a impedir passeios, ou a bloquear material de propaganda de outras candidaturas devidamente identificado", lê-se na nota, que sublinha: "Somos alheios quanto à retirada, apenas podendo especular quanto a ela, não estranhando que a responsabilidade tenha sido das autoridades competentes perante todos os problemas elencados - ou até que tenha sido a própria candidatura do INOV a aperceber-se e a retirá-los por conta própria, tentando agora sacudir a água do capote quanto ao erro cometido".
O comunicado refere ainda que está concentrado noutras questões e não nestas "afirmações falsas". "O único Isaltino Morais que a Coligação Evoluir Oeiras quer retirar é o de carne e osso. Queremos retirá-lo democraticamente da presidência da Câmara Municipal de Oeiras, já no próximo domingo, dia das eleições autárquicas", referem, reconhecendo apesar de ser uma tarefa "complicada e trabalhosa", não querem "perder muito tempo com afirmações falsas e sem provas ou outras malfeitorias que Isaltino Morais faça nesta campanha, como aliás é típico na sua atuação".
As acusações da campanha de Isaltino Morais
Note-se que as acusações deixadas pela campanha de Isaltino Morais foram feitas na quarta-feira, quando, através de uma publicação na página do Facebook, reagiu às declarações feitas pelo líder do Livre, Rui Tavares. Na nota, pode ler-se que Tavares "afirmou que os 'isaltinos' eram ilegais e que, por essa razão teriam sido por nós retirados".
"A Lei portuguesa prevê a liberdade de afixação de propaganda política, como tal, não há qualquer ilegalidade naquela ação", lê-se na nota da campanha, esclarecendo que "os 'isaltinos' não foram retirados" pelo movimento do candidato homónimo.
"Pensámos, até agora, que tinham sido raptados por oeirenses admiradores do trabalho do seu Presidente de Câmara (como se pode verificar em muitas publicações nas redes sociais)", brincou, rematando: "Perante as afirmações do líder do Livre, somos agora a acreditar que os 'isaltinos' tenham sido retirados numa ação de militantes do Livre e do Bloco de Esquerda. Os partidos e os regimes de inspiração trotskista têm por hábito fazer desaparecer os seus opositores. Neste caso, terão começado por fazer desaparecer as imagens do opositor", acusam, acrescentado que compreendem "a dificuldade dos partidos radicais em aceitar a criatividade da ação política".
Note-se que na nota Isaltino Morais não faz menção ao Volt, ou mesmo ao Chega, cujo candidato à Câmara Municipal de Oeiras, Pedro Frazão, também criticou.
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