"Ainda não o vi, não faço a menor ideia se é bom ou mau. Há uma coisa que sabemos, atendendo ao historial de PS e PSD, costumam ser maus orçamentos, nos últimos 50 anos foram quase sempre maus os orçamentos, mas às vezes até um relógio estragado acerta duas vezes ao dia, pode ser que Montenegro tenha acertado", afirmou.
André Ventura falava aos jornalistas à margem no final de uma visita à feira de Gondomar, no distrito do Porto, no âmbito da campanha para as eleições autárquicas de domingo.
O líder do Chega recusou alongar em comentários sobre a proposta de Orçamento do Estado do próximo ano, justificando que ainda não tinha tido oportunidade de ler o documento que foi entregue na Assembleia da República pelas 12:00.
Ainda assim, Ventura defendeu que "tem que ser bom, o documento tem que ser bom nas pensões, o documento tem que ser bom na descida de impostos, como os dos combustíveis, o documento tem que ser bom em matéria de dotação de meios para combate à corrupção e à insegurança, isso tem que acontecer".
Depois de interpelado por um homem que disse ser ex-combatente, o líder do Chega defendeu que o OE2026 deve incluir "uma pensão de dignidade para os ex-combatentes".
"Se isso não estiver, por exemplo, dificilmente pode ter o nosso aval um orçamento que deixe aos ex-combatentes na miséria", afirmou, ressalvando que ainda não conhece o documento.
André Ventura insistiu também que a antecipação da entrega do Orçamento visa desviar atenções do caso Spinumviva.
O ministro de Estado e das Finanças entregou hoje ao presidente da Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2026, a segunda elaborada por governos PSD/CDS liderados pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Este ano, a proposta de Orçamento do Governo entrou no parlamento um dia antes do prazo limite (sexta-feira, 10 de outubro), o que será inédito pelo menos tendo em conta as últimas duas décadas, e três dias antes das eleições autárquicas de domingo.
Joaquim Miranda Sarmento chegou ao parlamento pelas 12:00, acompanhado pela sua equipa de secretários de Estado do Ministério das Finanças e pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, e foi logo a seguir recebido por José Pedro Aguiar-Branco.
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