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Melo diz que não se sentiu corrigido pelo líder do PSD sobre ativistas

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, disse hoje que não se sentiu corrigido pelo líder do PSD, quando este pediu "equilíbrio" na questão dos ativistas portugueses por Gaza, que foram detidos e depois repatriados por Israel.

Melo diz que não se sentiu corrigido pelo líder do PSD sobre ativistas

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Image

Lusa
07/10/2025 13:50 ‧ há 1 dia por Lusa

Política

CDS

"Não me senti nada corrigido", afirmou, vincando que o CDS-PP "é totalmente solidário com a coligação" no Governo, mas é também "um partido que vale por si".

 

Nuno Melo, que falava aos jornalistas no concelho de Santana, no norte da Madeira, onde se deslocou no âmbito da campanha para as eleições autárquicas de domingo, reagia assim ao impacto das suas declarações sobre os ativistas portugueses, que criticou dizendo que "já fizeram o seu número".

Estas afirmações de Nuno Melo, também ministro da Defesa, motivaram reações de vários dos líderes partidários envolvidos em ações de campanha para as eleições autárquicas na segunda-feira, incluído do líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Os quatro ativistas portugueses que se dirigiram a Gaza, mas que foram detidos por forças israelitas -- entre eles, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua - chegaram domingo à noite a Lisboa.

Foi precisamente a questão do rápido regresso a Portugal dos quatro ativistas pró-palestinianos que Luís Montenegro destacou em declarações aos jornalistas, quando se encontrava em campanha em Vieira do Minho.

"O Governo fez tudo aquilo que estava ao seu alcance para que os portugueses pudessem ser repatriados o mais rápido possível, num clima de normalidade e tranquilidade. E creio que foi isso que aconteceu", sustentou o presidente do PSD, que também secundarizou diferenças em relação ao CDS no que respeita ao conflito israelo-palestiniano.

Já hoje, em Santana, Nuno Melo quis fechar o assunto.

"Não falo mais dos ativistas", declarou, realçando que na qualidade de presidente do CDS-PP não anda com o símbolo do Governo na lapela.

"Há um plano para um presidente do partido e um plano para um ministro da Defesa", disse e questionou: "Ou eu agora só estou autorizado a falar da dimensão militar?"

Nuno Melo sublinhou que o CDS-PP "vale por si" como partido político, assegurando que, mesmo "totalmente solidário com a coligação" no Governo, "não é uma filial do PSD".

"É uma coligação de dois partidos e o CDS soma na coligação", sustentou.

O líder democrata-cristão argumentou, por outro lado, ser "ótimo" ter os partidos da esquerda e da extrema-esquerda a pedir a sua demissão.

"Eu não quero ser aquela direita de que a esquerda gosta. Eu sou uma direita que é o contraponto dessa esquerda", afirmou, criticando também os comentadores políticos.

"Pobre do país em que, para se ser considerado politicamente, se tem de dizer aquilo que os comendadores políticos pensam", disse e acrescentou: "Há um desfasamento entre o comentário político e a realidade do país."

Em Santana, Nuno Melo destacou a "dimensão autárquica muito relevante" do CDS na Madeira, onde lidera aquele município desde 2013, o único na região autónoma.

Por outro lado, lembrou que o partido governa seis autarquias ao nível nacional e tem, atualmente, mais de 1.700 autarcas eleitos, um número que diz ser superior aos do Chega, IL, BE, PAN e Livre juntos.

"É por isso que estou aqui. É minha obrigação como presidente do partido estar próximo daqueles que são candidatos", disse, sublinhando que a meta do partido na Madeira é "manter e crescer".

O CDS-PP concorre com listas próprias em três dos 11 municípios da Madeira -- Santana, Câmara de Lobos e Calheta --, e nos restantes avança em coligação do PSD, sendo que os cabeças de lista são todos sociais-democratas.

No decurso da visita de um dia à região autónoma, Nuno Melo vai deslocar-se também aos concelhos de Câmara de Lobos e Calheta.

Leia Também: Nuno Melo "não tem a sensibilidade de perceber as suas funções", diz BE

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