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BE apela a virar do "desastre" de Moedas com "herdeiros de Sampaio"

A dirigente do BE Marisa Matias considerou hoje necessário "virar a página do desastre" do mandato de Carlos Moedas em Lisboa e defendeu que a coligação de esquerda liderada pela socialista Alexandra Leitão é "herdeira de Jorge Sampaio".

BE apela a virar do "desastre" de Moedas com "herdeiros de Sampaio"

© Global Imagens

Lusa
06/10/2025 23:35 ‧ há 10 horas por Lusa

Política

Lisboa

"Jorge Sampaio liderou uma coligação para derrotar a direita de Marcelo Rebelo de Sousa. Nós somos, com muita honra, herdeiros de Jorge Sampaio. Em 1989 foi necessário juntar forças para lutar pela habitação, pelos transportes, por melhor higiene urbana. Agora é ainda mais necessário virar a página do desastre que foi o mandato de Carlos Moedas", apelou Marisa Matias.

 

A dirigente do Bloco de Esquerda falava num comício, em Lisboa, da campanha autárquica da socialista Alexandra Leitão, em que participam também os líderes do PS, Livre e PAN, que compõem a coligação Viver Lisboa, em conjunto com o BE.

A antiga candidata à Presidência da República recuou a 1989, quando Jorge Sampaio conseguiu unir todas as forças à esquerda - incluindo o PCP, algo que não acontece nestas eleições, - e ganhou a câmara da capital numa coligação que contou também com o Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV), o MDP/CDE, a UDP e o PSR.

Ao recordar Jorge Sampaio, antigo Presidente da República e líder dos socialistas, toda a sala aplaudiu de pé. 

Marisa Matias afirmou que "todo o país está a olhar para a capital, todas as pessoas de esquerda estão a torcer por Lisboa porque querem um mundo mais justo, uma cidade mais justa e confiam na coligação Viver Lisboa". 

A bloquista afirmou que a coligação não se resigna e insistiu que "Lisboa merece mais".

"Lisboa merece ter uma mulher como Presidente da Câmara", apelou. 

Num discurso bastante crítico da governação autárquica do atual presidente da capital, o social-democrata Carlos Moedas, que se candidata pela coligação Por ti, Lisboa, apoiada por PSD, IL e CDS-PP, Marisa Matias partilhou o testemunho de uma lisboeta chamada Sofia, que viu a renda aumentar de 500 para 800 euros. 

"A Sofia pediu ajuda à Câmara de Lisboa e qual foi a resposta? A resposta foi 'desculpe, as candidaturas de apoio deste ano já fecharam, não há nada a fazer'", contou.

Criticando o facto de os apoios à habitação serem dados apenas uma vez por ano, Marisa Matias acrescentou: "Infelizmente, sabemos que está a ser assim porque a Lisboa de Carlos Moedas é a Lisboa do não há nada a fazer".

Moedas não foi o único social-democrata visado, com Marisa Maria a atacar também as "rendas moderadas" de Luís Montenegro, primeiro-ministro e presidente do PSD. 

"Luís Montenegro lida com dificuldades e cria permanentemente uma realidade paralela. Dois mil e trezentos euros é uma renda moderada, os caças F-35 que o governo ajudou a entregar a Israel não são armas de guerra, mas esta não é a realidade que vivem as pessoas", criticou. 

O problema, disse a dirigente bloquista, é que o atual presidente da Câmara de Lisboa "não tem uma política diferente de Luís Montenegro" e "as propostas de Carlos Moedas também foram sempre de rendas que as pessoas não podem pagar". 

"Há um ano Carlos Moedas apresentou a sua proposta de renda acessível. Se hoje uma renda acessível da Câmara em Benfica para um T2 pode custar cerca de 348 euros, a proposta de Moedas faria com que o preço explodisse para os 970 euros nessa mesma zona e que se fosse no Parque das Nações seria 1.150 euros", criticou. 

Para Marisa Matias, "se Montenegro não conhece o país e percebemo-lo cada vez mais, Moedas não conhece mesmo Lisboa".

"Alexandra Leitão quer governar para os jovens, para as famílias, para as pessoas idosas, para quem vive do seu trabalho. Alexandra Leitão não quer governar para os unicórnios ou para a sua autopromoção", afirmou.

O tema do conflito no Médio Oriente não entrou no discurso da bloquista, que esteve em representação da coordenadora nacional, Mariana Mortágua, regressada no domingo de Israel, com apenas uma referência a uma Lisboa "cidade de paz, que luta pela paz e é aberta ao mundo".

Nas eleições autárquicas de domingo, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, além de Alexandra Leitão e Carlos Moedas, João Ferreira (CDU - PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE.

Leia Também: Mariana Mortágua junta-se à campanha do Bloco de Esquerda amanhã

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