Única representante do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) na Assembleia da República, Inês Sousa Real referia-se não só à possibilidade de "resgatar a cidade", mas também de eleger "pela primeira vez uma mulher para a Câmara Municipal de Lisboa".
Considerando que a "Viver Lisboa", que junta quatro partidos (PS, Livre, BE e PAN), é "a única alternativa" à coligação encabeçada pelo atual presidente, Carlos Moedas, que junta PSD, CDS-PP e IL, Inês Sousa Real realçou que "não importa o sentido de voto no passado", apelando ao eleitorado que escolha uma Lisboa "resiliente, sustentável" e "limpa".
A líder do PAN destacou ainda que todos os candidatos a autarcas da coligação "Viver Lisboa" se comprometem com mais espaços verdes e habitação digna, considerando também que é preciso garantir que Lisboa é "uma cidade para as gerações mais novas", criando alojamento para estudantes, e que "não deixa os animais para trás", ao contrário do que aconteceu com Carlos Moedas, que "falhou nesse compromisso".
Num discurso no complexo desportivo do Casal Vistoso, na freguesia de Alto do Pina, "próximo de uma cidade esquecida e perdida nos roteiros turísticos, a dos mais vulneráveis", Inês Sousa Real garantiu que a coligação trabalhará "dos mais pobres à classe média", tendo em conta a desigualdade de género e as pessoas em situação de sem-abrigo.
A deputada, que nasceu e cresceu em Lisboa, lamentou ainda que tenha ficado "para trás" a vivência em comunidade na capital, agora virada para "roteiros turísticos e unicórnios".
Nas eleições autárquicas de domingo, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, além de Alexandra Leitão, Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre), dois da CDU e um do BE.
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