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Raimundo critica quem alega que país está bem: "Povo não come PIB"

O secretário-geral do PCP criticou hoje quem alega que "no país está tudo bem", salientando que o "povo não come PIB" e pedindo aos eleitores que, no próximo domingo, "votem com as suas vidas e os seus problemas".

Raimundo critica quem alega que país está bem: "Povo não come PIB"

© Getty Images

Lusa
06/10/2025 15:19 ‧ há 12 horas por Lusa

Política

Autárquicas

Num discurso na doca de Angeiras, em Matosinhos, após ter comido sardinhas e uma sopa de peixe preparada pela organização local, Paulo Raimundo salientou que quem vive nesta zona é "gente que vive a realidade da vida" e não a que "tentam fazer meter pelos olhos adentro em que parece que, no país, está tudo bem".

 

"Está tudo a crescer, cresce a economia, cresce o Produto Interno Bruto (PIB)... Como se algum de nós comesse PIB. Aqui ninguém come PIB, aqui comemos uma extraordinária sopa de peixe, a melhor que eu comi até hoje", gracejou Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP reiterou que "o povo não come PIB", frisando que pescadores, reformados e trabalhadores têm uma "vida difícil", e salientou há um "problema brutal de insegurança" em Portugal, mas ligado à precariedade.

"O maior problema de insegurança no nosso país é a precariedade que afeta o dia-a-dia dos jovens trabalhadores. Não sabe se vai trabalhar amanhã, se há salário amanhã, se vai poder aguentar a sua vida no dia seguinte. Isto sim é que é instabilidade. Isto sim é que é insegurança", disse.

Depois de, no início deste comício, o candidato da CDU a Matosinhos, José Pedro Rodrigues, ter sido interrompido por um sem-abrigo que o acusou de não ter dito uma única palavra sobre pessoas na sua situação, Paulo Raimundo abordou essa breve interrupção, para salientar que o "drama dos sem-abrigo tem a ver com outro drama da sociedade portuguesa".

"São dois milhões de pessoas, 300 mil crianças, na pobreza no nosso país. É desta vida difícil que é composta a maioria do nosso povo, a maioria daqueles que vivem e trabalham aqui em Matosinhos. É por isso que nós somos a força popular", disse.

Paulo Raimundo defendeu que, quem integra a CDU, não "fala de cor dos problemas", porque também os sente e vive, deixando um apelo para que toda a gente, "independentemente das suas opções partidárias e políticas anteriores", vote na coligação.

"Esta gente da vida de todos os dias que sabe bem que a história de rendas moderadas de 2.300 euros é um filme que nunca vai ver na vida, porque nunca chega a possibilidade de um dia sequer sonhar com isso", referiu.

Qualificando a população de Matosinhos como "gente da terra temperada com o sal do mar", Paulo Raimundo pediu-lhes que "vão votar com a vossa vida, vão votar com os vossos problemas, vão votar com aqueles que precisam de mais creches para os seus filhos, de acesso a uma habitação, de melhores condições de transporte no concelho".

"E se votarem nas vossas vidas, então só têm uma alternativa: é votar na CDU", disse.

Depois, Paulo Raimundo abordou a candidatura de José Pedro Rodrigues, atual vereador na câmara, para defender que a "grande maioria" do povo de Matosinhos não "precisa apenar de eleger o José Pedro".

"Nós precisamos de mais Josés Pedros Rodrigues. Mais Josés Pedros Rodrigues na Câmara Municipal, mais Josés Pedros Rodrigues em cada uma das juntas de freguesia. É este o desafio que está colocado", disse.

Leia Também: Raimundo classifica transferência de competências como "crime político"

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