"Estas pessoas que ontem fizeram isto estão a prestar um mau trabalho ao seu país, são pessoas que, em vez de manifestarem pelos problemas que nós temos, corrupção, de insegurança, de imigração, andam a partir das nossas infraestruturas, dos nossos transportes, por causa de uma coisa que se passa na Palestina, onde as próprias mulheres e muitas destas minorias seriam tratadas verdadeiramente abaixo do cão, para usar uma expressão portuguesa", criticou André Ventura.
O líder do Chega falava aos jornalistas antes de uma arruada em Elvas, distrito de Portalegre, inserida na campanha para as eleições autárquicas do próximo domingo.
André Ventura referiu-se aos manifestantes pró-Palestina que invadiram a estação de comboios do Rossio, em Lisboa, de "um conjunto de bandidagem e de mentecaptos", a "a fazer as figuras que fizeram".
"É desconhecimento, ignorância e, francamente, acho que também da nossa parte e da vossa, tem que haver mais trabalho de escrutínio nesta matéria", defendeu, em declarações aos jornalistas.
Mais de 3.000 pessoas juntaram-se no sábado numa manifestação contra a detenção por Israel dos participantes na Flotilha Humanitária Global Sumud, entre os quais se encontram quatro cidadãos portugueses, incluindo Mariana Mortágua.
A PSP, em comunicado, relatou que no termo da ação, com percurso entre o Martim Moniz e o Rossio - Praça D. Pedro IV, "de forma não expectável, parte dos manifestantes deslocou-se para o interior da estação da CP do Rossio, tendo um deles subido para a parte superior de uma composição, onde, aparentemente terá sido eletrocutado".
Este manifestante "foi assistido pelos meios de emergência médica no local e transportado a unidade hospitalar [Hospital de S. José], considerado como ferido grave", acrescentou a PSP.
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